Resgate de vítimas em
avalanches
Vamos entrar numa nova
temática. Nas últimas publicações abordamos os cuidados a ter e como prevenir
avalanches. Agora vamos abordar o resgate de vítimas que sejam surpreendidas
por avalanches.
É difícil conservar a
calma nos momentos de confusão e ansiedade que se seguem a uma avalanche, mas é
fundamental actuar com serenidade para conseguirmos ajudar os nossos
companheiros que tenham tido a infelicidade de ficar sepultados por uma
avalanche.
As estatísticas
revelam que uma quarta parte das vítimas
de avalanches morrem de imediato por efeito da mesma, e as que
sobrevivem a estes primeiros efeitos têm maior possibilidade de sobrevivência,
se forem resgatadas antes de passar meia hora. Passado este tempo, as
probabilidades de encontrar o acidentado com vida diminuem drasticamente.
Portante é essencial uma rápida actuação e procura da vítima, por parte dos
companheiros que testemunharam o acidente.
As medidas a adoptar e
a busca devem ser levadas a cabo com ordem e disciplina, e orientadas pela
pessoa mais experiente nestes temas, ou aquela que se imponha nesta difícil
situação, pela sua forte força psíquica. Antes de iniciar a busca deve-se
avaliar o perigo de novas avalanches, sendo que se esse risco for elevado, e
não existirem vias de saída da zona perigosa, deve-se abandonar a busca. Se
existirem vias de saída e os "buscadores" levarem "ARVA",
deve-se colocar um observador num local seguro para alertar de possíveis novas
avalanches e proceder à busca.
A aproximação à área
da avalanche faz-se de preferência, seguindo o curso da avalanche, para se
tentar encontrar possíveis rastos da vítima e para evitar que se desprendam
outras avalanches secundárias nas proximidades.
Dependendo da
capacidade do grupo para efectuar um auto-resgate eficaz, deve-se tomar a
difícil decisão de alertar os grupos de socorro ou de não o fazer. Deve-se
analisar todos os factores, como o nosso equipamento para a busca (ARVA),
condições físicas, condições meteorológicas, etc., mas uma vez tomada a decisão
de pedir ajuda exterior, não se pode perder muito tempo e deve-se alertar estas
equipas de socorro, fornecendo-lhes todos os dados necessários para o bom
trabalho dos grupos de resgate.
No próximo artigo,
daremos continuidade a este tema, até lá...
Boas caminhadas
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