25 novembro 2015

Saúde e higiene no acampamento base




Fossas, Desaguamento

Inclusivé nos acampamentos móveis de pequena envergadura, é necessário colocar a água suja em algum lugar.





Um acampamento estático pronto, cheira mal se não se tiver o desaguamento adequado, e a água parada favorece a presença de mosquitos e de doenças infecciosas. A construção de desaguamentos demora tempo. Pela sua própria natureza pode acabar erudido pela água. Qualquer que seja o período de tempo que se vai usar um acampamento, vale a pena construir bons desaguamentos e fossas.


Os desaguamentos e as fossas podem esvaír-se rapidamente por uma camada superficial de partículas de alimentos, causando a falha de todo o sistema. É uma grande vantagem possuir um bom filtro que tenha tamanho suficiente para recolher os grãos de arroz e que se possa limpar fácilmente. Pode-se fabricar um filtro com uma rede de plástico ou um mosquiteiro montados sobre uma estrutura de arame. A espuma de sabão e a pasta dentífrica podem causar problemas, porque podem formar uma fina camada sobre a superfície dos desaguamentos, pelo que se devem limpar regularmente.





Se for fabricado um duche improvisado, fará falta uma estrutura de madeira coberta com uma cremalheira, para as pessoas se poderem colocar de pé sobre ele, com um desaguamento e uma pia debaixo.

No próximo artigo voltaremos a este tema. Até lá...





Boas caminhadas.

18 novembro 2015

Saúde e higiene no acampamento base




Latrinas





As latrinas são objecto de muito interesse e preocupação, assim como de muitos comentários engraçados. Os hábitos intestinais das pessoas mudam durante as expedições. É necessário planificar qual o sistema de latrinas será o mais adequado para uma determinada expedição.





 Nos acampamentos móveis e de curta permanência pode ser um buraco no solo ou uma trincheira. Nos acampamentos de pouca duração, a trincheira deve ter pelo menos 1,25 metro de profundidade por cerca de 30 cm de largura. Cada vez que se usa a latrina deve-se atirar para ela uma camada de terra que se encontra amontoada ao lado da latrina.





As latrinas para acampamentos base deveriam ter um poço com pelo menos 4 metros de profundidade, com assento e tampa que impeça a passagem das moscas.





 Nos locais onde o solo seja instável, como é o caso da areia no deserto, considera-se a possibilidade de cofrar o poço por meio de bidões cilíndricos aos quais se retirou as duas bases.




Não é fácil dispor de retretes químicas num acampamento base, mas se houver essa possibilidade deve-se fazer uma preparação adequada para  a eliminação dos resíduos com um sistema de drenagem ou um buraco fundo que se possa cobrir. Todas as latrinas devem ser construídas a mais de 50 metros de distância do abastecimento de água e da cozinha.
É difícil calcular quantas latrinas  serão necessárias para um grupo numeroso num acampamento base, principalmente se existirem homens e mulheres na expedição. A eficiência de qualquer latrina de acampamento está dependente das condições ambientais do mesmo, drenagem, porosidade do solo e húmidade, e ainda pelo número de pessoas que a usam, de forma que não existe uma fórmula estabelecida para calcular quantas se devem construir.





A título orientativo, uma latrina profunda para dez pessoas deveria durar cerca de dois meses. Um acampamento grande, estático e de certa duração pode requerer que se façam novos poços negros.





Se as moscas forem um problema, de cada vez que se use a latrina, pode-se atirar para ela uma camada de terra, da mesma forma que se faz na trincheira. O papel higiénico guarda-se numa lata para evitar que o vento o leve, que se molhe ou para as formigas não o invadirem.




 Deve-se ter algo para lavar as mãos perto da retrete (o recipiente utilizado para esse fim pode ser de cor diferente dos que se usam na cozinha) e suspender o sabão com um cordel. 





Pode ser necessário colocar o papel, os tampões e coisas similares noutro lugar distinto da latrina. Deve-se ter em conta  que na expedição podem existir  elementos que necessitam de latrinas com características especiais por motivos religiosos. Se os habitantes locais tiverem que usar as latrinas, deve-se assegurar de que eles sabem como o fazer, pois costumam surgir problemas quando as pessoas utilizam as latrinas da sua forma local.





Deve-se limpar diariamente a zona da latrina. Uma escova pode ser o suficiente para lavar e esfregar o assento da sanita com água e sabão ou com desinfectante. Verter desinfectante no poço cego não serve para reduzir o risco de infecções, e atrasa a decomposição dos excrementos. Deve-se tentar manter as latrinas o mais secas possível, de forma a não atrair as moscas. No início da expedição, deve-se confirmar que o tampo da sanita feche correctamente para evitar a passagem das moscas.





Qualquer que seja o tipo de latrina utilizado, deve-se entender o seu funcionamento para se corrigir algo que não funcione bem. Arranjar e reconstruir retretes, quando já estão a ser usadas, não é tarefa simples nem agradável. Deve-se confirmar em intervalos regulares se o sistema utilizado funciona e se é seguro. As bermas do poço podem ser  escorregadios e podem-se soltar. será prudente deixar ficar uma corda fixa pendurada dentro do poço negro, para maior segurança. Em volta da retrete podem-se colocar madeira coberta com tela metálica, principalmente nos acampamentos barrentos, pois é inevitável que a zona se converta num lamaçal.




As serpentes e outros répteis visitam assiduamente as latrinas. Deve-se insistir para que todas as pessoas utilizem lanterna durante a noite e que observem bem principalmente debaixo do assento da retrete.
Se a expedição construiu latrinas para os acampamentos, deve-se assegurar para que no regresso, a zona fique higiénica e segura. Se o acampamento foi grande e de grande duração, deve-se dedicar um determinado tempo a essa tarefa. Nas zonas permanentemente geladas, os excrementos não sofrem os processos naturais de degradação. Não existe outra alternativa que não seja recolhê-las e levá-las.

No próximo artigo voltaremos a este tema. Até lá





Boas caminhadas