23 junho 2009

II Ultra Trail Geira

No passado dia 14 de Junho realizou-se o 2º Ultra Trail da Geira – Via Nova, que desta feita, contou com a participação de cerca 160 atletas à partida tendo terminado 133.O evento teve, pela primeira vez, a participação de 5 atletas da Secção de Corridas de Montanha do Clube de Montanhismo de Braga, foram eles José Afonso, João Ferreira, José Ferreira, Jorge Costa e Narciso Marques. Muito embora tenha sido uma estreia do CMB em provas desta natureza, os resultados foram bastante satisfatórios, tendo em conta a dureza da prova.
Foi com grande satisfação, que pudemos assistir ao excelente 9º lugar do José Afonso com 3h57min e aos não menos honrosos 29ª lugar de José Ferreira com 4h33min, ao 38º lugar de João Ferreira com 4h42min e ao 108º lugar de Jorge Costa com cerca de 6 horas. Infelizmente, o atleta com mais experiência nestas provas de corrida de montanha, Narciso Marques, viu-se forçado a retirar devido a problemas físicos, que já o incomodavam antes deste evento. Não obstante, Narciso Marques não quis deixar de marcar presença, tentando assim a sua sorte nesta ultra maratona.A equipa do CMB voltará à competição no próximo dia 5 de Julho, no Ultra Trail da Freita, que terá a distância de 60km e 4500m de desnível acumulado. As inscrições ainda estão abertas, por isso os sócios que estiverem interessados, basta enviarem um e-mail para corridasdemontanha@clubemontanhismodebraga.org com uma fotocópia digitalizada do bilhete de identidade. O valor de inscrição nesta prova é de 35€. Para saberem mais detalhes basta ir ao sítio da confraria trotamontes (
www.confraria-trotamontes.pt).É a primeira vez que o Ultra da Freita dá pontos para a inscrição no Ultra Trail do Monte Branco e, por isso, alguns dos atletas do CMB tentam desta forma amealhar pontos com vista à participação no próximo ano nessa prova.Quem se alista?

27 abril 2009

jbel toubkal





Mais dois membros do clube chegaram, no passado dia 6 de Abril, ao cume do Toubkal - a mais alta montanha do norte de África, e mais uma actividade a juntar a muitas outras realizadas por elementos do nosso recém criado clube que desde muito cedo têm "o gosto da montanha nas suas veias".

30 março 2009

caminhada à serra amarela, 28 de março







Desta vez o Clube decidiu ir “esticar as pernas” para a Serra Amarela. Éramos mais de uma vintena carregados de boa disposição, com a particularidade de fazerem parte do grupo cinco moçoilas com idades entre os 6 e os 12 anos (é caso para termos esperança num Clube a longo prazo...).
Saímos da barragem de Vilarinho das Furnas, estradão fora, em direcção às ruínas dessa antiga aldeia comunitária. Daí subimos o rio das Furnas, sempre em direcção à Portela do Rio Cabril (Ramisquedo).
Quem decidiu comparecer sem ser convidado foi o senhor Vento, que se fez sentir forte e teimoso, não arredando da nossa companhia (devia cheirar-lhe ao coelho e ao frango que, devidamente confeccionados, seguia às nossas costas).
Por causa dele desistimos de chegar a Sonhe, uma Branda antiga mesmo no sopé das antenas da Louriça e ficámos
uns 500 mts. metros mais abaixo, no que nos pareceu ser um sítio mais abrigado, num Prado que se deve chamar Porto do Azeveiro.
Depois de uma centena de metros mais radical, que incluiu um bate-cu involuntário num afluente do Rio (da Cabra), que fez temer pelo almoço que seguia às costas do “sherpa” do João Barbosa, lá chegamos ao dito Prado.
Lá chegados, cerca de 2h30 depois de termos partido, tivemos a árdua tarefa de degustar as magníficas iguarias com que o pessoal da Escola Profissional de Braga nos costuma brindar. À sobremesa tivemos uns ensaios de “verónicas” com algum gado mais atrevido que por lá rondava, sem que no entanto se verificasse qualquer pega, por manifesta cobardia dos animais perante os forcados amadores do CMB.
O frio, trazido pelo vento, acompanhou-nos sempre e alguns jurarão até que chegou a nevar (se não era, andou lá perto).
Sempre bem dispostos empreendemos a descida em sentido contrário, rumando ao “Stop”, em S. João do Campo, onde fizemos um divertido balanço da jornada.
Vale sempre a pena …
(quem foi: Afonso Costa, Paulo Costa, Ângela, Sofia, Isabel, Domingos Ribeiro, Patrícia, Inês, Sara, Daniel Ribeiro, Narciso, Olimpia, Magalhães e filhos, Vitor, Idalmis, Domingos Esteves, Julio, Albertina, Isabel, Luis Pereira, João Barbosa, Manuela, Elisabete, Zé Resende, Zé Salgado e Pedro) - fotos aqui

24 março 2009

peña trevinca, 21/22 de março







Peña Trevinca é um cume tecnicamente acessível a qualquer um (não é mais que uma caminhada com algum desnível) e se nos abstrairmos de certas facetas da paisagem ainda podemos ter aquele gosto de estar na montanha e sentir que deixámos a civilização para trás.

Depois de uma viagem de cerca de 3 horas feita calmamente desde Braga chegámos a Vilanova (altitude 1200 m), uma pequena aldeia no sopé do maciço de Trevinca onde trocámos os carros pelas botas de montanha e saímos num grupo de 14 pessoas à conquista do ponto mais alto da Galiza (Peña Trevinca, altitude 2127 m). Escolhemos o caminho que ascende até ao Maluro (altitude 1934 m) e depois atravessa a aresta que o une a um “colo” abaixo dos cumes da Peña Negra (altitude 2123 m) e da Peña Trevinca propriamente dita. A primeira “paragem técnica” foi no cume do Maluro onde descansámos as pernas da monotonia do estradão e aproveitámos para almoçar. Daí atravessámos a aresta até um pequeno prado já na base das “Peñas”, onde parámos à espera dos elementos do grupo que já acusavam a distância e o desnível da actividade e onde, dada a ausência de cursos de água tivemos de começar a derreter neve para beber. Alguns membros do grupo animados de um maior entusiasmo e forma física encurtaram a pausa e, embora a decisão tenha sido de acampar perto do cume da Peña Negra, ainda foram apreciar a vista do cume da Peña Trevinca.
O local de acampamento escolhido apresentava à partida excelentes condições para montar as tendas e para passar uma noite sossegada, daquelas que se merecem como recompensa de uma semana de trabalho - vistas excelentes, céu limpo, temperatura razoável e … o “relato da bola” na telefonia. A noite estava muito bonita com um céu limpo e estrelado, mas já se notava o vento que foi aumentando e durante a noite quase arrancava algumas das tendas do nosso acampamento; sorte (e sabedoria) teve o Cláudio que decidiu ir ligeiro e bivacar só de saco-cama e colchonete e escolheu um local bem abrigado para o fazer.
Acordámos no domingo com o vento a soprar cada vez mais forte. Desmontámos com cuidado o acampamento e fizemos a ascensão em conjunto à Peña Trevinca onde tirámos a “foto de cumbre”. Na descida, que escolhemos fazer por outra vertente, ainda houve lugar à peripécia do costume quando o grupo se dividiu em dois e uma parte tentou um atalho que se revelou má opção com umas passagens um pouco mais técnicas numa zona de cascalheira coberta com uma camada de neve já enfraquecida por muitos dias de calor. Mas tudo correu bem e à chegada, para além do normal cansaço e algumas bolhas nos pés, não havia mazelas a relatar.
(quem foi: Paulo Costa, Pedro Lima, Eduardo Vieira, Susana Castelejo, Daniel Ribeiro, Victor, Narciso, Claudio Ribeiro, João Costa, Adélia, João Lemos, Ana Rita, Paulo Providência e Francisco) - fotos aqui

01 março 2009

MacGyver - construindo um fogão a álcool

por: EduardoVieira
Para aqueles que fazem principalmente caminhadas de um dia e que gostariam de poder aquecer a sopa ou fazer um café na pausa para almoço proponho a construção de um fogão ultra ligeiro que funciona a álcool a 96% ou desnaturado.
O projecto é mais uma adaptação das muitas versões do básico fogão a álcool que podem ser encontradas por essa internet fora. Para um ponto de partida sugiro dois sites básicos: en.wikipedia.org/wiki/Beverage-can_stove e zenstoves.net; mas uma pesquisa com as palavras “beverage can stove” dar-vos-á uma lista gigantesca de sites com informação relevante sobre o tema.
Experimentei com vários desses desenhos e construí vários dos projectos que encontrei até chegar a este que aqui proponho. Assumindo que se possuem as ferramentas básicas abaixo referidas o custo do projecto é o equivalente apenas ao custo da lata (€ 0,25 neste caso). De referir que ao contrário da maioria dos projectos que encontrei, este é mais “amigo do ambiente”, usando apenas uma lata para a sua construção. Esta é outra das vertentes do projecto, a reciclagem. (mais aqui)

27 fevereiro 2009

corridas de montanha

Na última Assembleia-geral do Clube, foi lançado o repto de ser criada a Secção de Corridas de Montanha com o intuito de participar em actividades de montanha “um pouco mais rápidas”.
Pois bem, a Secção já “nasceu” e pretende dar a conhecer uma modalidade que ainda se encontra em expansão no nosso País. Existe mesmo já um Campeonato Nacional de Corridas de Montanha, mas que apenas desenvolve provas de distância média (5Km, 10 Km e 20 Km).
A secção de Corridas de Montanha do CMB pretende criar, a curto/médio prazo, uma equipa que procurará participar em algumas provas nacionais e internacionais. Assim, e dado o interesse já revelado por alguns sócios, o CMB tentará estar presente, já como equipa, no 2ª Ultra Trail da Geira/Via Romana (
www.pontocom.pt) a realizar no dia 6 de Junho e que terá a distância de 47 km. Todos os sócios interessados em participar deverão enviar um e-mail para a caixa de correio da secção (corridasdemontanha@clubemontanhismodebraga.org) a solicitar a sua inscrição.
Já a perspectivar o ano competitivo de 2010, serão realizadas, ainda em 2009, 2 provas de Ultra Trail (provas de corrida de montanha com mais de 42 km), uma a nível nacional e uma outra em Espanha, com vista à primeira participação do Clube de Montanhismo de Braga naquela que é considerada por muitos a melhor e mais dura prova de corridas de montanha (trail-run) do mundo, o Ultra Trail do Monte Branco (
www.ultratrailmb.com).
A prova nacional será o Trail da Freita (50 km), a realizar no mês de Julho e ainda sem data definida. O nível desta prova é considerado médio/alto devido ao desnível e ao tipo de terreno onde se desenrola.
A prova internacional onde o CMB estará envolvido corresponde à travessia denominada “Cavalls Del Vent” (
www.cavallsdelvent.com), que se desenrola nos Pirinéus espanhóis, mais precisamente no Parque Natural Cadí-Moixeró (Catalunha). É uma travessia de 100 km, com 5600 m de desnível positivo e outros tantos de desnível negativo. O objectivo será completar esta travessia em 2 dias. Em princípio, esta prova será efectuada na segunda quinzena de Junho, não estando ainda marcada uma data concreta. Estas duas provas permitirão arrecadar os pontos necessários para que se possa tentar efectuar a inscrição no Ultra Trail do Monte Branco 2010.

18 fevereiro 2009

as actividades de 2008

O ano de 2008 foi cheio de aventuras, Serra da Estrela, Gredos, Ubiña, Trevinca, Elbrus e claro não poderia faltar o nosso Gerês e a Peneda.
Logo em Janeiro foi realizada a primeira formação do clube em alpinismo já que as actividades de neve do ano estavam a começar. Foi um sucesso, 19 participantes um pouco de todo o país.
No carnaval mascarados de alpinistas, fomos para Gredos onde nos esperava um mega temporal. Para além da estafa de chegar perto do refugio pouco mais deu para fazer, mas lá conseguimos salvar a actividade ao fazer o “cuchillar
de las navajas”, e no regresso subimos um dos corredores que dá acesso ao cume do Morezon para finalizar a actividade.
De regresso a Espanha e desta vez para subir a Peña Ubiña. Viemos com mais aventuras para contar aos netos … “Isto é praxe??? Não Tem piada nenhuma! Onde esta o #?! do meu saco-cama?, eu não vou dormir assim …”. - Querer talvez não quisesse, mas teve de ser …, pois o saco cama tinha mesmo desaparecido e não era praxe.
De aventura em aventura 2008 ia passando … e desta vez capa de jornal, notícia na TV … o circo estava montado e os media no seu melhor (ou pior, pois falam de coisas que nem sabem o que é), enquanto dormíamos descansados, no Refugio de Veiga Redonda nos Picos da Europa, e caiu o maior nevão de 2008, mais de um metro de neve em poucas horas …
Entretanto algumas marchas pela serra do Gerês foram feitas.
No dia 25 de Julho alguns de nós rumaram ao tecto da Europa, o Elbrus. Mas não foram sós, o S. Pedro e o seu mau tempo também foram. Foi uma semana de stress, os dias passavam e o tempo não dava tréguas, vento, mais vento, mais neve … só no ultimo é que por um par de foi possível ter um céu limpo e lá estávam a 5.642m - no topo da Europa.
Em Setembro lá estávamos nós mais uma vez a caminho de Espanha e desta vez para Peña Trevinca. Fomos brindados com dois dias perfeitos, muito sol, céu limpo e nada de vento. Foi uma travessia magnífica, cerca de 40km de cume em cume no maciço de Peña Trevinca.
Em Outubro foi realizado o primeiro curso de montanhismo do clube que foi marcado pela disparidade de condições metereológicas - dilúvio, chuva fraca, tempo encoberto e um pouco de sol.
O ano acabou com o jantar/convívio de natal e uma caminhada no Gerês.