26 junho 2013

Pesca de sobrevivência (continuação)




Conforme o prometido e na sequência do último artigo, vamos agora abordar o que se deve fazer após conseguir capturar um peixe.





Todo o peixe de água doce é comestível. No entanto , os peixes  devem ser cozinhados antes de serem comidos, devido ao facto de estarem infestados de parasitas e albergarem imensas bactérias. O peixe de água salgada é mais fiável para comer cru em caso de necessidade. Porém ,  tem melhor sabor se for cozinhado. Nunca se deve comer um peixe que tenha guelras pálidas, olhos encovados, pele flácida ou que cheire mal.


Higiene do peixe

Após apanhar um peixe, este deve ser morto e eviscerado logo que seja possível.





Deve também ser cozinhado e comido tão rápido quanto seja possível, principalmente num clima quente. Após ser pescado não demorará muito para ficar eu mau estado para ingestão, devido à sua pele viscosa que fornece um óptimo local para reprodução de bactérias. Num clima frio, pode-se atrasar a filetagem até 12 horas, o que facilitará o trabalho e evitará  essa preocupação.






esfolar e amanhar

Logo que se apanha o peixe, corta-se-lhe a garganta para o sangrar, limpa-se o lodo da pele para a tornar menos escorregadia  e de seguida deve-se amanhar, isto é, deve-se tirar-lhe as guelras, e escama-se ou esfola-se







 (a maioria dos peixes não precisa de ser esfolado, aliás a sua pele é bastante nutritiva – no entanto nas enguias e no peixe gato deve-se fazer esta operação) e extrai-se as vísceras, abrindo-lhe o estômago e removendo todas as entranhas.





 Não se deve cortar a cabeça do peixe, pois esta tem carne nos “ombros” e nas “bochechas”.  Os peixes com menos de 10 cm de comprimento não precisam de ser estripados, mas devem ser de igual modo, esfolados ou escamados.






Como cortar o peixe

O melhor método para cortar filetes de um peixe, consiste em cortar o peixe desde o ânus até às guelras





e retirar todos os órgãos internos (deve-se verificar que se removeu todas as vísceras e que se  separam os ovos para serem comidos (situam-se na parte lateral debaixo do peixe).





De seguida lava-se o peixe por dentro e por fora,  limpando-se a carne e retirando-se as barbatanas.





Corta-se por debaixo das espinhas mas não através delas. Corta-se à volta da espinha, acabando por detrás das guelras em ambos os lados.





Insere-se o nosso polegar ao longo da parte de cima da espinha e começa-se a puxá-la, afastando-a da carne.





As nervuras devem sair inteiras com a espinha.





O peixe não deve ser cozinhado com as escamas, se houver tempo devem-se remover, principalmente se forem grandes. Para tal segura-se o peixe pela cauda e raspa-se as escamas  com uma lâmina no sentido da cauda para a cabeça.










Esperamos que este artigo, que por  uma questão de sistematização é um pouco mais curto que o habitual,  vos tenha sido útil e tenha alertado para alguns cuidados a ter com a preparação do peixe que pesquemos. No próximo artigo voltaremos a um tema similar, mas  no mesmo contexto, passando a abordando a categoria dos mamíferos. Até lá…





Boas caminhadas