18 setembro 2013

Como preservar os alimentos em situação de sobrevivência




Em situações de sobrevivência, as geleiras, os conservadores térmicos e todos os utensílios que estamos acostumados a utilizar, não se encontrarão ao nosso dispor. Os alimentos deterioram-se com o passar do tempo e em vez de serem benéficos e essenciais para a nossa sobrevivência, podem tornar-se prejudiciais e até letais. Neste contexto, vamos enumerar algumas técnicas naturais de conservar os alimentos mantendo estes praticamente com todas as suas características naturais.






Congelação

Nos climas frios, devemos conservar o excesso de alimentos por congelação. Para tal deve-se retirar a pele dos animais o mais rapidamente possível e cortar a carne em pedaços.









O próprio fio a neve e o gelo são óptimos para manter os alimentos frescos e em bom estado de consumo.




Secagem

As plantas e a carne podem ser secas pelo vento, pelo sol, pelo ar ou pelo fogo, ou ainda por qualquer uma das combinações destas quatro formas. A finalidade é remover a água. Cortando a carne em tiras de 0,5 cm e secando-a ao vento ou ao fogo, produzirá uma secagem brusca.





Coloca-se as tiras de carne numa grelha de madeira e seca-se até a carne ficar mole. Pode-se usar salgueiros, amieiros, vidoeiro e vidoeiro-anão para fazer fogo porque as madeiras de medula, tais como o pinheiro e o abeto, dão mau paladar à carne. Se a carne for seca com uma fogueira, quando as tiras parecerem secas, aproximam-se da fogueira durante alguns minutos para aumentar a temperatura da carne.





Quando estiverem quentes ao toque, retiram-se de perto do fogo e continua-se a secá-las ao sol até que fiquem quebradiças.




Neste estado a carne durará muito tempo e pode ser mastigada ou cozida em água para a voltar a hidratar.




Fumagem

Um abrigo bem tapado dá uma boa casa para defumar quando esteja bem isolado. Pendura-se a carne numa posição elevada e faz-se uma fogueira que arda a fogo lento debaixo dela.







Uma forma rápida de defumar a carne é utilizando o seguinte método: cava-se um buraco no chão com cerca de 1 metro de profundidade e 0,5 metros de largura. Faz-se uma pequena fogueira no fundo do buraco (depois de começar com o fogo , usa-se madeira verde para fazer fumo). Coloca-se uma grade improvisada em madeira a cerca de 75 cm acima do fundo do buraco. Pode-se usar varas, galhos ou qualquer outro material disponível para cobrir o buraco.





Depois de uma noite de fumo intenso, a carne estará em condições de permanecer comestível durante cinco a sete dias. Se for possível defumar a carne durante duas noites, esta permanecerá comestível por duas ou quatro semanas, ou mais. Quando convenientemente defumada, a carne deverá parecer-se com uma tira enrolada, negra e quebradiça, mas é muito saborosa e nutritiva.









Conservação especificamente de caça

Retira-se a pele do animal e corta-se a carne em pedaços pequenos e guarda-se o fígado, o coração e a língua. Após partir a carne em bocados, deve-se construir um esconderijo para a armazenar. Pode-se construir uma plataforma sobre o chão e cobrir a carne aí colocada com ramos para manter as aves afastadas. Não se deve construir o esconderijo no acampamento. No verão pode atrair ursos ou outros animais predadores e não será agradável ter estes animais como companhia a farejar comida.
A menos que se vá comer toda a carne de imediato, deve-se preservá-la. O frio preserva a carne e para tal devemos manter o nosso esconderijo o mais fresco possível. Corta-se a carne aos bocados e pendura-se num local fresco longe da luz solar. O ar começará a secar a parte exterior da carne.




Conservação de peixe, aves e plantas alimentares

Se estivermos numa área perto de água, deve-se tentar manter o peixe vivo para que esteja fresco quando o quiser comer. Pode-se passar uma corda pela boca do peixe e ata-se.  Coloca-se o peixe na água e ata-se a corda a um objecto seguro em terra. O peixe deve ser capaz de respirar e manter-se vivo durante vários dias. Se não estivermos perto de água e tivermos que transportar o peixe durante longas distâncias, deve-se manter este húmido, fresco e fora do alcance do sol. Pode-se ainda armazenar em terra o peixe pescado durante dois dias, construindo um evaporador, colocando o peixe numa área com sombra e coberto com camadas de ervas húmidas. Para situações de mais do que dois dias, os métodos de conservação do peixe e das aves são muito semelhantes aos utilizados para as outras carnes.





Para preparar o peixe para ser defumado, corta-se-lhe a cabeça e abre-se ao meio, espalmando-o e fixando-o nesta posição com um espeto. Ramos finos de salgueiro descascados fazem bons espetos. O peixe também pode ser seco ao sol. Pendura-se em ramos ou espalma-se numa rocha quente. Quando a carne secar, salpica-se com água salgada, para a salgar por fora.






Folhas e frutos silvestres podem ser secos ao ar, ao sol, ao vento ou ao fogo, com ou sem fumo. Corta-se os frutos em fatias finas e colocam-se ao sol ou próximas do fogo.






Armazenar os alimentos

Um esconderijo ou qualquer local onde os alimentos e os abastecimentos podem ser protegidos ou escondidos deve ser usado para guardar peixe e carne. Para construir um simples esconderijo para alimentos, pode-se estender uma corda entre duas árvores. Lança-se uma segunda corda sobre a primeira, ata-se uma das extremidades desta segunda corda aos alimentos ou carcaça e suspende-se a uma distância segura do solo. Escora-se a outra extremidade da corda a uma estaca ou a uma árvore.








Como construir um frigorífico artesanal

Com este frigorífico, a manteiga não se derrete, a carne e o peixe não se estragam e o leite pode estar gelado para um refresco à hora da merenda. Para tal basta ver a figura abaixo e mãos à obra quando for necessário e ficarmos vários dias no mesmo abrigo.





Contamos ter contribuído para adquirirem mais alguns conhecimentos nesta área da alimentação de sobrevivência.






Boas caminhadas

1 comentário:

  1. á uma ideia rápida de como preservar carnes em locais sem recursos, gostei das dicas.
    obrigado.

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