04 junho 2014

Altitude: o ambiente hipobárico da Terra (2)




Esta semana damos continuidade ao tema do artigo da semana anterior e por motivo de sistematização, esta semana o artigo é um pouco mais curto do que o normal.






Sistema respiratório

A exposição à altitude aumenta a ventilação pulmonar, porque existem quimioreceptores na artéria carótida que detectam um nível de oxigénio mais baixo no sangue e que vêm a determinar esse aumento.





Os alpinistas que sobem ao Everest (mais de 8.840 metros de altitude), e às montanhas mais altas do mundo, são capazes de resistir à hipoxia em virtude do corpo accionar uma hiperventilação extrema que vem acrescentar mais oxigénio ao sangue.





Esta resposta do organismo também contribui para que se exale CO2 e que, dessa forma, aumente o PH do sangue (alcalose respiratória). Os ritmos de ventilação mais elevados que se conseguiram registar ocorreram em oito alpinistas no Everest, A uma altitude de 6.340 metros.





As suas frequências respiratórias médias foram de 62 vezes por minuto, e as suas ventilações perfizeram um total de 207,2 litros por minuto. Este ritmo de ventilação tão extremo é facilitado pela baixa pressão externa, a qual reduz a quantidade de trabalho necessário para respirar.





 No entanto, o trabalho dos músculos respiratórios durante a hiperventilação, equivale aproximadamente a 10% de todo o oxigénio que se consome num estado de repouso, quando se está a uma altitude extrema. Esta é uma carga metabólica que, naturalmente, não se verifica ao nível do mar.

Na próxima semana continuaremos com este tema, até lá…





Boas caminhadas

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