Esta semana damos continuidade ao tema do artigo da semana
anterior e por motivo de sistematização, esta semana o artigo é um pouco mais
curto do que o normal.
Sistema respiratório
A exposição à altitude aumenta a ventilação pulmonar, porque
existem quimioreceptores na artéria carótida que detectam um nível de oxigénio
mais baixo no sangue e que vêm a determinar esse aumento.
Os alpinistas que sobem ao Everest (mais de 8.840 metros de
altitude), e às montanhas mais altas do mundo, são capazes de resistir à
hipoxia em virtude do corpo accionar uma hiperventilação extrema que vem acrescentar
mais oxigénio ao sangue.
Esta resposta do organismo também contribui para que se exale
CO2 e que, dessa forma, aumente o PH do sangue (alcalose respiratória). Os
ritmos de ventilação mais elevados que se conseguiram registar ocorreram em
oito alpinistas no Everest, A uma altitude de 6.340 metros.
As suas frequências respiratórias médias foram de 62 vezes
por minuto, e as suas ventilações perfizeram um total de 207,2 litros por
minuto. Este ritmo de ventilação tão extremo é facilitado pela baixa pressão
externa, a qual reduz a quantidade de trabalho necessário para respirar.
No entanto, o trabalho
dos músculos respiratórios durante a hiperventilação, equivale aproximadamente
a 10% de todo o oxigénio que se consome num estado de repouso, quando se está a
uma altitude extrema. Esta é uma carga metabólica que, naturalmente, não se
verifica ao nível do mar.
Na próxima semana continuaremos com este tema, até lá…
Boas caminhadas
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