08 outubro 2012

Chegamos de Peña Ubiña com mais uma vitória para o CMB




O planeado inicialmente foi cumprido na íntegra e foi mais uma expedição do CMB coroada de êxito.

O grupo foi composto por 4 elementos do CMB




Da esquerda para a direita: Paulo Soares, Natália Afonso, Lúcia Palha e Amadeu Barros




Saímos de Braga, conforme o planeado, por volta das 21:30h do dia 05.10.2012. A viagem correu sem incidentes até Tuiza de Arriba,





 onde chegamos por volta das 3:30h da manhã, sendo este o local onde deixamos a viatura e aproveitamos para descansar um pouco até o dia raiar, dormimos debaixo de umas mesas de merendeiro existente na localidade, para nos resguardarmos do orvalho e desta forma evitar molhar o saco cama.





Quando o sol raiou, preparamos todo o equipamento e iniciamos a marcha atravessando a aldeia e caminhando







em direcção ao local onde montamos o nosso acampamento base, junto ao refúgio de Meicin.





Enquanto montávamos o acampamento recebemos a visita inesperada  e tímida de um “burro”, que se mostrou bastante familiarizado com a presença de seres humanos.





Após as normais apresentações, o Burro despediu-se, permitindo que terminássemos de montar o acampamento base. Após um breve repouso e um aporte calórico de alimentos, por volta das 11:30h da manhã, retomamos a caminhada para o cume de Peña Ubiña, cujo objectivo se avistava imponente à nossa frente.





Seguimos o sinuoso trilho pela ampla depressão que termina em Alto Terreros, a 1.933 metros de altitude.








Chegados a Alto Terreros, fomos assolados por ventos na ordem dos 70 km/h, os quais nos desequilibravam, devido à sua força incontrolável.
Neste ponto a Natália, decidiu regressar ao acampamento base, não por ter receio, mas simplesmente porque não tinha como objectivo alcançar o cume de Peña Ubiña, pois simplesmente pretendia desfrutar da paisagem e do momento, pois fisicamente verificava-se que estava optimamente bem preparada.





O restante grupo continuou a caminhada para o seu objectivo, constantemente olhando para trás e verificando que a Natália estava sentada a disfrutar do momento, o que nos deixava tranquilos.

A partir deste ponto, a pendente de Rio Tuerto verificou-se bastante acentuada e entre cascalheira e pedras soltas, lá fomos subindo a forte pendente com todo o cuidado, que sempre era pouco, pois várias pessoas estavam subindo ou descendo a forte pendente e constantemente pisavam uma pedra solta que saltitava pela pendente abaixo fazendo com que nos desviássemos constantemente das mesmas, de forma a não sermos atingidos.








Finalmente, deparamo-nos com um pronunciado e descomposto canal que nos conduziria ao cume de Peña Grande.






E… finalmente, alcançamos o Cume de Peña Ubiña, por voltas das 13:30h, com os seus imponentes 2.417 metros de altitude. Aí, o vento voltou a fustigar-nos com violência e começou a caír um forte nevoeiro, acompanhado de algumas gotas de chuva.






Em face dos fortes ventos que nos assolavam, do nevoeiro que se aproximava velozmente e das ameaças de chuva, tiramos as fotos da praxe e iniciamos o trajecto para descer do cume com cuidados redobrados.








Chegados ao acampamento base, preparamos uma refeição quente e calórica, para compensar o desgaste despendido.







Após um merecido repouso, fomos até ao refúgio de Meicin, para convivermos um pouco com outros montanhistas, mas apenas se encontrava lá o guarda do refúgio, Joaquim, com quem mantivemos uma larga conversa, enquanto este aguardava a chegada de um grupo de vários montanhistas. Nesta conversa, o guarda do refúgio afixou um poster de uma corrida Ultra Trail a realizar no maciço de Ubiña, no próximo dia 14 de Outubro de 2012 e o qual nos pediu para difundir e que aqui fazemos.





Como verificamos, através das janelas do refúgio, que a noite estava a caír, decidimos ir para o acampamento base para descansarmos depois de um dia extenuante de expedição. Ao saírmos do refúgio, verificamos que chovia abundantemente. Esta chuva manteve-se por toda a noite, fustigando as tendas com fortes rajadas de vento e chuva abundante, o que dificultou um pouco o descanso a que nos havíamos proposto.

Felizmente, no dia seguinte, a chuva tinha parado, o que nos permitiu arrumar as mochilas e as tendas, para iniciarmos o regresso a casa.








Assim fizemos e, após nos despedirmos do guarda do refúgio iniciamos o regresso a Braga. Foi mais um regresso coroado de êxito em nome do Clube de montanhismo de Braga. Convém frizar, que embora para o elemento Amadeu Barros tenha sido a primeira experiência de subir Peña Ubina sem neve, já conhecia o trilho e as dificuldades esperadas, pois já tinha alcançado este cume por várias vezes com neve, no entanto para o elemento Paulo Soares, esta foi a primeira experiência de Peña Ubiña, embora já tenha tido várias experiências de diversos cumes, mas para o elemento Lúcia Palha, foi a primeira conquista do cume de uma alta montanha e verificamos que devido às diversas actividades efectuadas com o CMB e à forte adesão às mesmas deste elemento, está em perfeitas condições físicas e mentais para alcançar cumes mais altos. Atrevo-me a dizer as suas palavras quando chegamos à viatura para regressar a Braga “espero que esta seja o início de muitas outras”.  É este o espírito do CMB, criar a paixão pela montanha.

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