A psicologia da sobrevivência
Para se sobreviver, é
necessário perícia em artes de sobrevivência, mas elas por si só não nos
salvarão. É necessário atitude, e tem de ser a atitude certa. Todo o
conhecimento existente não nos servirá de nada a não ser que tenhamos também a
vontade de sobreviver.
A vontade de
sobreviver é o mais importante numa situação de sobrevivência. Sabe-se que a
mente pode desistir primeiro do que o corpo, mas com a determinação de
sobreviver podemos ter uma enorme vantagem numa situação de emergência.
Devemos pensar nisto.
Independentemente da gravidade da situação em que nos encontremos, devemos
recordar que temos recursos imediatos para nos ajudarem nesse apuro; as
capacidades mentais e os atributos físicos. Devemos pôr ambos a trabalhar
eficazmente e poderemos alcançar resultados.
Como focar a nossa mente na sobrevivência
As duas grandes
ameaças à sobrevivência vêm da nossa própria mente. São elas o desejo de
conforto e uma atitude passiva. Se não forem rapidamente contornadas, podem
resultar na desmoralização e na morte dos sobreviventes. Afortunadamente podem
ser ultrapassadas com grande facilidade por qualquer sobrevivente.
O desejo de conforto é
uma consequência das condições de vida urbana moderna. Os padrões da vida
ocidental tornaram as pessoas “moles”, no sentido de que elas são, na sua maior
parte, desviadas das ameaças da natureza e do ambiente. Muitos ocidentais vivem
e trabalham em edifícios quentes e seguros, têm acesso a cuidados de saúde
sofisticados e têm a comida e a água garantidas.
Num cenário de
emergência não terão provavelmente nada disto, pelo menos no início. Poderão
ter apenas as roupas que trazem vestidas, nenhuma comida, água ou abrigo. O
súbito desaparecimento dos confortos que se têm como garantidos é um grande
choque para o organismo e pode levar a uma séria desmoralização.
Como se deve então
combater a angústia mental causada pela perda daquilo que consideramos
essencial para a vida?
Primeiro, devemos
dizer a nós próprios que os confortos do estilo ocidental não são essenciais à
sobrevivência. Sejamos obstinados. Podemos sobreviver sem o ar condicionado,
sem a comida de plástico e sem a televisão.
Segundo, devemos dizer
a nós próprios o seguinte: o nosso desconforto presente não será nada comparado
com o extremo desconforto que experimentaremos se simplesmente nos sentarmos a
lamentar-nos e nada fizermos.
A atitude passiva é
também uma consequência de se viver no ocidente. Um resultado de se viver em
Estados burocráticos é que as pessoas não têm de tomar decisões de vida ou de
morte. A decisão pessoal de cada individuo está reduzida ao mundano e ao banal.
A iniciativa é suprimida e a maior parte dos indivíduos tem uma atitude
passiva, quase do tipo “ovelha do rebanho”. Contudo, numa situação de
sobrevivência pode-se ficar entregue a si mesmo. Se estivermos nesta situação
teremos de tomar importantes decisões. Se isto parece assustador, lembremo-nos
de que o resultado de não se fazer nada será provavelmente a nossa morte. Por
outro lado, pode-se tomar o controlo da situação e sobreviver. O que
preferimos? NÃO BAIXES OS BRAÇOS E MORRE, MOTIVA-TE E ACTUA!
No próximo artigo
retomaremos a continuação desta temática. Até lá...
Boas caminhadas
bom texto meu amigo, espero não ter que me lembrar dele brevemente =) abraço
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