Vencer os inimigos da sobrevivência
Existem outros
inimigos da sobrevivência de natureza mais física, e deve-se estar consciente
deles para podermos tomar as medidas efectivas para os contrariar:
DOR:
A dor é o modo que o nosso corpo tem de nos dizer que algo está mal.
Não é confortável e pode
enfraquecer a vontade de viver. Contudo, torna-se mais tolerável se entendermos
a sua origem e natureza. Devemos reconhecê-la como algo a ser tolerado e
devemos concentrar-nos noutras tarefas. Lembremo-nos de que a dor parecerá pior
se não fizermos nada a não ser sentar-nos e pensar nela.
FRIO: Abranda o fluxo sanguíneo e deixa-o sonolento. Também entorpece a
mente. Isto é perigoso; deve-se imediatamente procurar um abrigo e fazer uma
fogueira.
SEDE: Tal como a fome, pode entorpecer a mente. É importante manter a
ingestão de água. Se a água é escassa, deve-se cortar na ingestão de comida; o
corpo utiliza água para limpar os resíduos de comida.
FOME: Pode resultar em perda de peso, fraqueza, tonturas e temporárias perdas
de visão, batidas mais lentas do coração, aumento da sensibilidade ao frio e
aumento da sede. Obviamente, a fome pode ser contrariada pela ingestão de
comida.
FADIGA: Pode trazer letargia, pouco discernimento mental, tal como o desespero,
falta de um objectivo e aborrecimento. É muito importante para o sobrevivente
ter o descanso suficiente.
ABORRECIMENTO: Pode resultar de uma falta de interesse e de sentimentos de
tensão e depressão (especialmente sem nenhuma esperança de alívio).
Para ultrapassar o
aborrecimento deve-se manter o objectivo - sobrevivência - predominantemente na
mente e compreender como é que as tarefas que se empreende se encaixam no plano
global de sobrevivência.
SOLIDÃO: Estar só, pode trazer obviamente solidão, a qual pode causar uma
sensação de debilidade e desespero. Tal pode ser ultrapassado mantendo-nos
ocupados e tornando-nos mais auto-suficientes.
FRUSTRAÇÃO: Pode ser contrariada pela canalização das nossas energias
para objectivos positivos e atingiveis. Deve-se terminar as tarefas mais fáceis
antes de se tentar outras mais dificeis.
Para além disso,
deve-se aceitar a situação em que se está e agir de acordo com ela. Não devemos
ter objectivos irrealistas. Não se deve desistir nem preocupar - devemos
manter-nos ocupados.
No próximo artigo
voltaremos a este tema. Até lá...
Boas caminhadas
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