Os iões do ar e o
rendimento físico
Já em 1961 Allan Frey, da General Electronics Center da
Universidade de Cornell, publicou um artigo sobre os efeitos dos iões
atmosféricos no comportamento. Chegou à conclusão de que o tempo de reacção das
pessoas e os padrões de actividade dos animais (quer dizer os movimentos por
hora) ficavam alterados devido ás mudanças nas concentrações de iões no ar e a
relação entre iões positivos e negativos.
O doutor Frey também
resumiu um obscuro estudo Russo em que a capacidade de trabalho dos
desportistas melhorava devido à inalação de iões negativos durante 25 dias (15
minutos por dia). Estes desportistas aumentaram a sua força de preensão em
cerca de 46% nesse período.
Também, e apenas com 9 dias de ionização, a sua resistência
correndo num tapete rolante, aumentou cerca de 60%. No entanto, Frey demonstrou
preocupação pela forma como estava elaborado esse estudo, argumentando que
poderia não estar controlado correctamente.
Alguns anos mais tarde após a publicação dessa revisão,
DeVries e Klafs informaram acerca do papel que tinha o facto de respirar ar
ionizado artificialmente sobre o rendimento físico. A sua hipótese de trabalho
era que respirar ar negativamente ionizado melhora significativamente o
rendimento em resistência.
Quarenta e cinco estudantes de educação física, vinte e um
homens e vinte e quatro mulheres, participaram em quatro ocasiões num exercício
de banco (banco de 50 centímetros e incluindo 36 subidas por minuto) até ao
esgotamento. O ar inalado em cada prova era distinto nos seguintes aspectos:
1) ar normal da sala
2) ar normal da sala forçado a passar por uma máquina
simuladora que se supõe que o ionizava
3) ar ionizado negativamente desde um gerador de iões
4) Ar ionizado positivamente desde um gerador de iões.
Os resultados indicaram que o ar ionizado artificialmente
(fosse positivo ou negativo) não tinha efeito no rendimento de resistência.
Tanto nesta experiência como no estudo de Frey, é importante reconhecer que os
primeiros geradores de iões não eram tão fiáveis como os que existem
actualmente.
Informações mais recentes de investigações Israelitas
descreveram os efeitos de uma única exposição a iões de ar negativos em dois
grupos de homens. O primeiro grupo (experimental) recebeu ar neutro (221-256 iões
por centímetro cúbico) numa ocasião, e ar carregado negativamente (136.000 a
190.000 iões/cc) noutra ocasião.
O segundo grupo (controle) foi exposto duas vezes ao ambiente
neutro. Durante séries de exercícios de 30 minutos em condições de calor (40ºC).
Uma exposição a ar com iões negativos deu como resultado uns aumentos de
temperatura corporal, pulsações e sensações de exaustão significativamente
menores, assim como se verificou melhorias notáveis no volume de trabalho.
Outra série de medidas fisiológicas (suor, frequência
respiratória, consumo de oxigénio e nível de ácido láctico no sangue) não
sofreram alterações devido à inalação de iões do ar. Estes resultados mostraram
que a exposição a iões negativos reduzia a fadiga fisiológica e mental durante
uma actividade fatigante num ambiente quente.
No próximo artigo voltaremos a abordar este tema, até lá...
Boas caminhadas
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