10 abril 2013

Socorro em Montanha – 18ª parte - Levantamentos e transportes de feridos




Remover um ferido é um procedimento sensível que requer discernimento e, se possível, muitos ajudantes. Estando numa situação de sobrevivência ao ar livre é desejável que a decisão para movimentar  o sinistrado seja muito bem ponderada. Se este não estiver em condições de ficar sozinho durante o tempo em que o socorrista/montanheiro vai buscar ajuda, então este poderá ter de carregá-lo, sobretudo se souber  que as condições climatéricas vão mudar para pior. Por outro lado a decisão de remover a vítima poderá basear-se simplesmente no facto de que continua a existir perigo no local onde ambos se encontram.





A prioridade será remover a pessoa ferida sem piorar ainda mais os seus ferimentos. Especialmente quando a coluna vertebral estiver lesionada. Em geral, tais pessoas em tais condições não deverão ser removidas, mas se tiver de ser feito, então divide-se o número de ajudantes disponíveis de forma equilibrada  ao longo do corpo, e atribui-se a um deles a função de manter a cabeça em linha com o resto do corpo, mantendo-a imóvel.






Macas

Se vai carregar a pessoa, o recurso a uma maca é naturalmente a melhor opção. Se não existir uma maca de sobrevivência profissional, uma versão improvisada pode ser a solução utilizando para o efeito  quaisquer pedaços de material forte (como sejam sacos de dormir, sacas, roupas, cordas, etc) que serão sustentados por duas varas improvisadas.

Se não existir uma maca disponível ou improvisável, ter-se-á de carregar a vítima fisicamente. Isto aplica-se especialmente a vítimas conscientes que não requerem estabilização dos ferimentos.

A Evacuação constitui uma fase complementar ao socorro e/ou tratamento, que pressupõe a imobilização da vítima, facto que determina atenção redobrada na sua execução. Consiste num conjunto de técnicas destinadas à colocação do sinistrado sobre uma maca, mantendo-lhe a estabilidade conseguida com a prestaçãosimultânea do socorro e/ou tratamento.






São estas técnicas que vamos aprofundar o tema, nas próximas linhas.

O Levantamento será sempre complementado pela transferência de um ferido desde o local onde se encontra até um destino específico (centro de saúde, local mais seguro,  local abrigado, etc).

Pode assim considerar-se que a evacuação pressupõe duas etapas: O Levantamento e o Transporte.

A manobra de levantamento consiste na remoção de uma vítima do chão para uma maca standard ou improvisada, sempre que esta se apresenta impossibilitada de o fazer pelos seus próprios meios. A remoção de uma vítima do solo compreende um conjunto de técnicas de execução fácil, mas que garantem a continuidade da estabilidade conseguida no primeiro socorro, impedindo o agravamento do estado da vítima e a origem de outras lesões. Por vezes, todo o trabalho bem feito durante o primeiro socorro é inutilizado durante a evacuação (levantamento e transporte), quando esta é feita de forma deficiente. Originam-se desta forma,  incapacidades para toda a vida, “atirando-se” o sinistrado para uma cadeira de rodas, uma cama ou inclusive a morte.
Para execução da manobra de levantamento existem princípios gerais de realização quanto à vítima, quanto ao socorrista/montanheiro e quanto à técnica.






Quanto à vítima

. Informar a vítima, se consciente, de que vai ser sujeita à manobra de levantamento, movendo-a o menos possível.

. Mover a vítima o mínimo possível, e não permitir que “quem não sabe” lhe mexa.

. Respeitar o movimento em bloco “cabeça-pescoço-tronco-membros inferiores” alinhados.

. Sempre que houver suspeita de lesão vertebro-medular, manter o alinhamento, estabilidade da cabeça e colocar um colar cervical (técnico ou improvisado).





. Vigiar permanentemente as funções vitais.

Quanto ao socorrista/montanheiro

. Respeitar as regras gerais de levantamento de pesos para manutenção da integridade física.

. Manter os joelhos dobrados e as costas direitas para evitar lesões por esforço incorrecto.

. Trabalhar em equipa

. O socorrista/montanheiro que vai coordenar o levantamento, deve ficar sempre à cabeça da vítima para realizar funções de coordenação e vigilância, dando ordens exactas e concretas.

. As ordens de coordenação devem ser precisas quer antes quer durante o levantamento.

. Deve anteceder à ordem de execução, uma voz de preparação.

. Fazer movimentos suaves.






Quanto à técnica

. Arranjar (na vítima) pelo menos seis pontos de apoio (razão por que não se devem fazer levantamentos com menos de três pessoas).

. Sempre que possível é a maca que vai à vítima e não esta até à maca.

. Sempre que se suspeite de traumatismo vertebro-medular  ou pélvico, deve-se usar sempre uma maca específica para tais situações, ou no mínimo,  uma base rígida e dura.

. Preferencialmente, deve-se optar pelas denominadas técnicas de ponte (ver infra).

Métodos de levantamento

Levantamento Ponte I (4 socorristas/montanheiros + 1)

Este método é utilizado nas situações em que a vítima se encontra em passagens muito estreitas (corredor, vala, entre duas rochas, etc).





Etapas de execução:

. A maca é colocada no alinhamento da vítima, aos seus pés ou à sua cabeça (dependendo das possibilidades do local).

. O socorrista/montanheiro (nº1) coordenador do levantamento, deve introduzir as mãos por baixo dos ombros da vítima, tentando alcançar as omoplatas, apoiando a cabeça e a região cervical com os antebraços.

. O socorrista/montanheiro (nº3) deve colocar-se ao nível dos membros inferiores, garantindo com uma mão apoio a nível da articulação tibio-társica e com a outra ao nível médio das pernas.

. O socorrista/montanheiro (nº2) deve colocar-se na região da cintura pélvica com as mãos abaixo da crista ilíaca. A este elemento é exigido maior esforço, devendo na selecção/distribuição das tarefas ser cometida esta posição ao elemento com maior pujança física.

. Na fase preparatória, com as mãos bem colocadas debaixo da vítima e com os membros inferiores flectidos, devem levantar a vítima à voz do socorrista/montanheiro (nº1).






. Na fase de levantamento devem elevar-se as pernas  e mantê-las afastadas para permitir a entrada da maca que será colocada pelo socorrista/montanheiro (nº4)

. O levantamento termina quando a vítima é colocada na maca à voz do socorrista/montanheiro (nº1)

. Na fase de baixar a vítima até à maca, os elementos activos do levantamento devem fazê-lo de modo a ficarem com os membros inferiores flectidos.



Levantamento Ponte II (3 socorristas/montanheiros)

Este método é utilizado nas situações em que não existe limitação de espaço. Pela sua simplicidade e rapidez de execução, torna-se uma das manobras mais vezes efectuadas.





. A maca é colocada ao lado da vítima.

. O socorrista/montanheiro (nº1), coordenador do levantamento, junto à cabeça da vítima, verifica o alinhamento nariz-umbigo-pés da vítima.

. O socorrista/montanheiro (nº1) deve colocar o pé mais próximo da maca, a seguir ao punho desta, de forma a trancá-la, impedindo o seu deslizamento.

. O socorrista/montanheiro (nº1) deve flectir os membros inferiores e introduzir as mãos por baixo dos ombros tentando alcançar a região das omoplatas.

. O socorrista/montanheiro (nº2) coloca-se aos pés da vítima, travando igualmente a maca, colocando o pé mais próximo desta a seguir ao punho.

. O socorrista/montanheiro (nº2) deve flectir os seus membros inferiores, introduzindo as mãos de forma a conferir apoio com uma mão, ao nível da articulação tibio-társica e com a outra, ao nível do terço médio das pernas.

. O socorrista/montanheiro (nº3) deve colocar-se entre os dois primeiros, cavalgando a vítima e colocando um pé junto à região coxo-femural. O outro pé é colocado no lado oposto sobre o varão da maca, sempre avançando em relação ao outro para garantia de equilíbrio. Se tiver suficiente amplitude pode colocar este pé no chão.

. O socorrista/montanheiro (nº3) deve colocar as suas mãos na região da cintura pélvica.

. Após a voz de preparação do socorrista/montanheiro (nº1)e da certeza de exactidão das posições de todos os elementos intervenientes, deve levantar-se a vítima com um só movimento e coloca-la na maca, mantendo sempre a estabilidade e o alinhamento.





Levantamento colher I (4 socorristas/montanheiros)

Este método é um método alternativo da ponte II, contudo é mais utilizado nas transferências da vítima de uma maca para outra. Nas transferências entre macas com transportadores, os elementos efectuam a manobra sempre de pé.





. A maca é colocada ao lado da vítima.

. Os três elementos executantes da manobra colocam-se ao lado da vítima, no lado oposto ao da maca.

. O socorrista/montanheiro (nº1), coordenador da manobra, deve colocar-se junto à cabeça da vítima.

. Os outros dois elementos da equipa devem colocar-se no seguimento do socorrista/montanheiro (nº1). Ao socorrista/montanheiro (nº2), que fica na região lombar e pélvica, é exigido um maior esforço físico, devendo este lugar ser ocupado pelo elemento que apresentar maior capacidade física.

. Os três elementos devem colocar o joelho do lado dos pés da vítima no chão, o mais próximo possível da mesma. O pé do lado da cabeça é também colocado o mais próximo possível da vítima.

. Os elementos da equipa no levantamento devem introduzir as mãos por baixo do corpo da vítima, com movimentos suaves, aproveitando para o efeito, as curvaturas anatómicas.

. Devem distribuir as mãos ao longo da vítima por forma a conferir apoio, respectivamente às regiões da cabeça e dorsal (socorrista/montanheiro nº1), às regiões  lombar e pélvica (socorrista/montanheiro nº2) e aos membros inferiores (socorrista/montanheiro nº3).

. As mãos devem ser introduzidas o mais possível, sendo ideal o aparecimento das extremidades dos dedos no lado oposto do corpo da vítima.

. À voz de levantamento, antecedida de voz preparatória, os elementos da equipa devem elevar a vítima a um só tempo, para cima da região anterior das suas coxas, podendo, para tal, fazer um movimento rotacional da articulação coxo-femural.

. Enquanto a vítima se encontra apoiada nas coxas dos elementos da equipa, o 4º elemento deve fazer deslizar a maca o mais próximo possível dos pés e joelhos dos outros elementos da equipa.

. Sempre sob orientação do socorrista/montanheiro (nº1) e depois deste verificar a distribuição correcta da maca em relação ao corpo da vítima, deve iniciar-se, à voz do socorrista/montanheiro (nº1) a sua descida para a maca.

Ponte com 4 + 2 socorristas/montanheiros

É uma das técnicas especiais para levantar fracturados de coluna.





Antes de estudar este tipo de levantamento, convém recordar que é preciso ter muito cuidado com a execução deste método, pois é necessário ter presente que se uma das vértebras se desviar, no foco da fractura, e se cortar a espinal medula, não existirão hipóteses muito certas de salvamento da vítima. Deve ser respeitado a imobilidade absoluta para um fracturado de coluna.





Atente-se agora na posição dos socorristas para efectuar o levantamento. As mãos de cada um têm que estar perfeitamente esticadas e sem qualquer espécie de movimento para que, em conjunto, seja possível a formação idêntica a uma prancha.






Transportes

Como é sabido, só deslocamos uma vítima quando algum factor agravante põe em perigo imediato a sua vida. Por vezes esse perigo é tão eminente, quer para a vítima, quer muitas vezes, para o próprio socorrista/montanheiro, sendo que a única hipótese viável será deslocar a vítima, de “qualquer jeito”, mas sempre em segurança. Neste contexto existem várias técnicas sem o recurso à utilização de macas. Estes métodos permitem uma deslocação rápida em distâncias curtas e são eles:

A dorso e pernas

É o método ideal para transferir vítimas inconscientes ou conscientes com dificuldades motoras.






Cadeirinha a duas, três e quatro mãos

É um método que é utilizado quando a vítima está consciente e colaborante. É executado por duas pessoas que dão as mãos por forma a construir uma cadeira. A técnica tem variantes que se prendem apenas com o número de mãos a utilizar para formar a cadeira.








Transporte por rastejamento

É um método utilizado nas situações em que a vítima está inanimada ou incapaz de se mover, devido às suas lesões e ao seu peso. O socorrista/montanheiro não a pode levantar e transportar, havendo absoluta necessidade de a retirar do local onde se encontra por existência de perigo no local. Estando a vítima em decúbito dorsal (de barriga para cima),





 o socorrista/montanheiro deve amarrar os punhos da vítima com um lenço e,




em seguida, ao lado dela ou cavalgando-a, introduz a sua cabeça por baixo dos punhos da vítima e avançando de joelhos, arrasta-a lentamente.






Transporte à bombeiro

Método de execução rápida e como o próprio nome indica, muito utilizado pelos bombeiros para salvamento de vítimas em condições difíceis. Não deve ser utilizado quando a vítima apresente qualquer suspeita de traumatismo.






Às costas ou cavalitas

É uma forma de transporte executada apenas por um elemento, consistindo no transporte da vítima apoiada nas costas do socorristas/montanheiro. Este deve colocar-se à frente, com os membros inferiores flectidos, possibilitando à vítima passar os seus membros superiores por cima dos ombros do socorrista/montanheiro. De seguida o socorrista/montanheiro deve agarrar os pulsos da vítima, elevar-se e iniciar a marcha para um local seguro.





Se optar por usar o método das cavalitas, deve pedir à vítima que se agarre aos seus ombros, inclinar-se e flectir os joelhos, agarrando os membros inferiores atrás dos joelhos da vítima.






A braços

É uma técnica usada quando a vítima não apresenta qualquer lesão traumática, necessitando apenas de apoio na marcha, e é realizada por um ou dois elementos. Consiste em suportar os membros superiores e a região axilar da vítima de forma a apoia-la na deslocação para um local seguro. Cada um dos socorristas/montanheiros agarra num dos antebraços da vítima e com o outro cruzado atrás das costas dela agarra no tronco ou cintura da vítima.






A berço

É uma técnica usada quando a vítima não apresenta qualquer lesão traumática, sendo leve, transportada ao cólo.






Qualquer meio de transporte improvisado será incómodo para a vítima (salvo casos excepcionais), e desgastantes para os socorristas/montanheiros, o que obriga à existência de  muita prudência, condicionando o método de transporte à importância e localização das lesões da vítima.

Transporte improvisado em terreno seco

Métodos de transporte com apenas um socorrista

. Se a vítima conseguir caminhar, pode-se ajudá-la passando um dos seus braços por cima do ombro do que está a auxiliar, segurando-lhe a mão desse braço e passando um dos braços do auxiliador  pelas costas da vítima.






. Uma pessoa forte pode carregar outra durante vários percursos “às cavalitas”, sobre os ombros ou em braços.




. Pode-se utilizar a corda para facilitar o transporte da vítima às costas.







Ou até um simples cinto.






Métodos de transporte com dois socorristas

. Pode-se transportar a vítima durante curtos percursos, agarrando um socorrista/montanheiro pelas axilas e o outro pelas pernas.






. Pode-se entrelaçar as mãos para fazer um assento.





. Também se pode improvisar um assento com paus, esquis ou bastões seguros entre os dois carregadores, seja à mão ou pelas alças das mochilas.










Transporte em maca, por dois ou mais socorristas

O transporte em maca será possível se várias pessoas colaborarem, quantas mais existam, melhor, pois podem fazer turnos para carregar a maca, tornando o transporte e a progressão no terreno mais rápida e menos desgastante.
Os meios disponíveis e a nossa imaginação serão as ferramentas básicas para a construção de uma maca improvisada.





Na falta de paus resistentes ou esquis com os quais se poderia improvisar uma maca de estrutura rígida, pode-se improvisar uma maca se tivermos uma corda. Para transportar este tipo de maca não rígida de forma adequada, fazem falta no mínimo 6 pessoas para a transportar.









Uma situação particular sobre o transporte de macas quando o terreno é muito acidentado e não permite caminhar normalmente, consiste em passar a maca de mão em mão tipo corrente humana, permanecendo os carregadores parados. Os carregadores que ficam livres na parte de trás da maca, regressam imediatamente à corrente pela frente da maca. Neste caso concreto são necessários um mínimo de 6 a 8 pessoas





Qualquer maca improvisada costuma ser muito incómoda, pelo que se existir a hipótese de causar ou agravar o estado da vítima será preferível esperar por pessoal especializado e com os meios adequados.




Transporte improvisado em terreno nevado

A neve proporciona problemas adicionais para o transporte de vítimas. Os métodos citados anteriormente podem ser utilizados. No entanto se a neve for fofa, será evidente a dificuldade para os carregadores. Por outro lado, o problema pode-se transformar em vantagem se tivermos esquis que facilitem a improvisação de uma maca-trenó com a qual se pode aproveitar o deslizamento e a força de gravidade pelas encostas abaixo.
Improvisar uma maca-trenó com esquis não é difícil se tivermos uma corda e alguns cordinos, e claro se tivermos praticado previamente, pois uma necessidade real não é um bom momento para fazer uma maca pela primeira vez.
Para facilitar a construção de qualquer maca-trenó improvisada é importante que os esquis tenham buracos tanto nas espátulas como na cauda (que podem ser feitos com uma broca). Existem ainda modelos comercializados, de leves  trenós de emergência para colocar sobre esquis e raquetes de neve que, após a respectiva desmontagem servem como peças para completar um trenó com os esquis, sendo neste caso estas raquetes a melhor opção, pelo que  devemos sempre que possível levar uma durante as excursões invernais.




As macas-trenó podem ser construídas de duas maneiras

. A mais simples e prática de construir, é aquela em que apenas se apoiam as espátulas na pendente e o carregador suporta parte do peso sobre os seus ombros.
Os esquis unem-se em forma de “V”, juntando e atando as espátulas e atando as caudas a um bastão, piolet ou algo similar. A este bastão que fixa as caudas, ata-se uma cinta para que o carregador a passe pelos seus ombros. Uma vez feita a estrutura de cordas, coloca-se o acidentado com a cabeça nas espátulas de forma que ao descer fique mais ou menos horizontal.





. Outro sistema consiste em que toda a superfície do esqui deslize sobre a neve, conseguindo-se um trenó que evita que os carregadores levem o peso nos ombros. É mais difícil de fazer, porque toda a estrutura e fixações devem ser efectuadas deixando livre a base e os cantos dos esquis, pelo que apenas podemos utilizar os buracos das espátulas e das caudas, e com as fixações dos esquis para efectuar a estrutura. Além disso são mais pesadas e difíceis de manobrar, ainda que sejam a melhor opção para terrenos horizontais.





A condução de uma maca-trenó requer habilidade, e para se conseguir uma condução segura, são necessárias pelo menos duas pessoas, sendo uma o carregador que leva e dirige a maca e  outro esquiador que retém e estabiliza a maca por trás, com a ajuda de uma corda. Obviamente que esta tarefa deve ser efectuada pelos melhores esquiadores do grupo. Poderá ser necessária a intervenção de mais pessoas para deter a maca em pendentes muito acentuadas.






Cuidados a ter relativamente a macas improvisadas

. Sempre que houver necessidade de transportar alguém numa maca improvisada, deve-se tentar tornar esta o mais confortável possível para a vítima, pelo que poderemos sempre usar um saco cama por debaixo da vítima, algumas peças de roupa macias, folhagem ou vegetação, etc.

. Arranjar sempre uma forma de prender a vítima à maca, de forma a evitar que esta caia da mesma, por qualquer motivo, seja ele desequilíbrio, convulsões etc. Deve-se sempre assegurar que não caia, o que apenas se consegue amarrando a vítima à maca.








. Deve-se tentar caminhar em sintonia, evitando balanços com a maca, o que para além de deixar a vítima com medo de caír, transforma o transporte numa viagem extremamente desconfortável e por vezes dolorosa para a vítima e muito mais desgastante para os carregadores.

De seguida, apresentamos alguns tipos de macas e métodos de transporte que não necessitam de legendas, e que apenas servem como ideias de improviso:







Utilização de peças de vestuário











Recorrer ao uso de cobertores










Com recurso ao uso de cordas












Todas as técnicas apresentadas, necessitam de aprendizagem específica e treino, pelo que alertamos mais uma vez que não devem ser efectuadas se tais condições não forem asseguradas previamente. Frequentem um curso de primeiros socorros e treinem, antes de necessitarem de as executar. È melhor saber e nunca precisar de as colocar em prática, do que precisar e não saber, ou pior ainda,  executar mal.





Boas caminhadas…

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