Medicamentos anti-paludismo e suas combinações
3. Maloprim,
Deltraprim
É uma combinação de
100 mg de dapsona e 12,5 mg de pirimetamina. Deve-se tomar um comprimido por
semana (por exemplo, todos os domingos), nem mais nem menos.
Lamentavelmente,
existem algumas pessoas que não toleram bem esta combinação (ainda que existam
muitas pessoas que tomaram grandes quantidades de dapsona para o tratamento da
lepra sem sofrer qualquer dano).
Foram registados vinte
casos bem documentados de anemia aplástica ou de agranulocitose em pessoas que tomaram dois comprimidos por semana. Posteriormente foram
registados mais dois casos que tinham tomado apenas um comprimido por semana.
Ainda que a probabilidade de aparecerem estes casos secundários seja remota,
não se pode ignorar.
Já foram consumidos
mais de 20 milhões de comprimidos, pelo que o risco é reduzido. Recentemente
registaram-se alguns casos deneumotinis eosinofílica pneumonite grave progressiva causada por doses normais de Maloprim.
Pode-se afirmar com certa tranquilidade que se alguém tomou Maloprim durante seis semanas ou mais sem ter sofrido estes problemas, poderá tomar Maloprim sem problemas no futuro.
Nas zonas em que existe o paludismo Vivax, além do Maloprim deve-se tomar Cloroquina porque estirpes de P. Vivax não são sensíveis ao Maloprim.
É uma boa ideia começar a tomar Maloprim meio mês antes da viagem e fazer contagem das três séries hemáticas antes de partir. Se os valores são normais (ausência de trombopenia, ausência de elevação marcada do volume corpuscular médio e ausência de eosinofília), é provável que tudo esteja bem; a presença de eosinofília é provavelmente um sinal de aviso de que o paciente poderá ser alérgico ao Maloprim.
Se aparecer cianose labial e nas unhas, deve-se procurar um medicamento alternativo ao Maloprim.
Quando se toma Maloprim deve-se evitar tomar em simultâneo Cotrimoxazol (Septin, Bactrim) porque a sulfamida que faz parte da composição deste medicamento pode acrescentar os seus efeitos secundários aos do Maloprim.
São recomendados os antibióticos que não são sulfamidas, tais como o trimetropim.
No próximo artigo voltaremos a este tema. Até lá...
Boas caminhadas.
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