Avalanches
O manto de neve que cobre as montanhas é formado por um
conjunto de estratos ou camadas, que nevão após nevão, se vão acumulando. Cada
camada é formada por cristais de neve, que desde o momento em que se depositam
ficam submetidas a um processo de transformação.
A acção do vento, a húmidade, a pressão, a temperatura e a
radiação solar, transformam os cristais e portanto os estratos. Esta
metamorfose pode resolver e reforçar a união entre as camadas de neve, ou pelo
contrário, diminuir a ligação entre elas. Como a neve, sob o efeito da
gravidade, tende a deslizar pela pendente abaixo, ao ser reduzida a adesão
entre as camadas (ou entre todo o manto e o solo), uma camada subjacente pode
servir de tobogan a outra superior provocando uma avalanche.
Uma avalanche é portanto, um deslocamento de uma massa de
neve, seja de umas camadas entre si ou de todo um manto no que diz respeito ao
solo, consequência da ruptura do equilíbrio interno que as une.
Em alta montanha, no Inverno, as avalanches são um grande
perigo constante e difícil de avaliar. A prevenção, será como sempre a nossa
principal preocupação, principalmente no momento de reconhecer e evitar as
zonas potencialmente perigosas.
Em todas as avalanches distinguem-se três zonas: uma zona de
saída na qual se inicia o movimento da neve, uma zona de trajecto por onde é
transportada a massa de neve e uma zona de chegada ou de acumulação, onde se
detém e deposita a neve deslocada. Estas zonas podem ser de dimensões e
características muito variáveis.
As avalanches podem ser de diferentes tipos e produzidas por
diferentes causas. Todo o montanheiro deveria aprender o máximo possível acerca
da neve para tentar compreender ao máximo os processos que originam as
avalanches.
Nos próximos artigos vamos centrar-nos no conhecimento das avalanches e
principalmente nas precauções a adoptar para evitar ou minimizar as suas
consequências.
Estejam atentos, e até lá...
Boas caminhadas
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