Depois de alguns de nós já termos realizado algumas ascensões nos Pirinéus, alcançando alguns dos seus cumes mais significativos (Aneto, Posets, Monte Perdido e Vignemale), foi a vez de escolher nessa extensa cordilheira novos objectivos e aventuras.
Assim, formámos um grupo constituído pelo Paulo Costa, o Amadeu Barros, a Maria Carronda, o Daniel Ribeiro, o Vítor Veloso e o Manuel Ribeiro, na nossa maioria associados do Clube de Montanhismo de Braga, e partimos no passado dia 23 de Julho de 2011 da cidade de Braga com destino aos Pirinéus, mais concretamente com o objectivo de alcançar o cume das montanhas “Pica D’Estats”, situado a 3.143 mts e o Perdiguero com 3.222 mts .
Após uma noite e praticamente um dia de viagem, chegámos ao Camping D’Estats, situado na bela povoação de Àreu, na Catalunha, onde pernoitámos, preparando, entretanto, o equipamento necessário para “atacar”, no dia seguinte, a montanha “Pica D’Estats”.
O “Pica D’Estats” é o cume mais alto da Catalunha, situado na zona do Pirinéu de Lérida. A ascensão tem início num parque de estacionamento situado a cerca de 20 minutos do refúgio de Valferrera. Quando passámos junto ao refúgio de Valferrera estávamos já a uma altitude de 1.940 mts, avizinhando-se então um desnível teórico de 1.203 mts. Após uma subida íngreme em zig-zag alcançámos em muito pouco tempo a altitude de 2.080 metros. Superada esta rampa seguimos por uma zona mais ou menos plana que nos conduziu ao “Plan de Sotllo”. Neste ponto já deveríamos avistar o cume do Pica D’Estats, não fosse o intenso nevoeiro e as primeiras gotas de chuva que nos surpreenderam. Continuando a caminhada, alcançámos o primeiro lago, o “Estany de Sotllo”, onde montámos as tendas debaixo de chuva contínua. Inicia
lmente a ideia era ficar cerca de meia hora mais acima, no “Estany d’Estats”, porém, as más condições de tempo forçaram-nos a mudar os planos. Fomos toda a noite fustigados pelo mau tempo que se manteve de manhã, obrigando o grupo a abortar a missão devido aos perigos que o mau tempo acarretava. Iniciámos então a descida de regresso ao Camping para descansar um pouco. No dia seguinte, partimos para a povoação de Benasque, numa zona mais central dos Pirinéus, que dá igualmente acesso à zona do “Aneto””, que com os seus 3404 mts, vem a ser o ponto mais alto da Cordilheira, para daí procurarmos atingir o cume do “Perdiguero”. Nessa noite pernoitámos no “Camping Aneto”, em Benasque, e no dia seguinte (28 de Julho) iniciámos a subida. O início do trilho situa-se na ponte de Literola, aos 1600 metros. Inicialmente o trilho sobe bastante, numa zona com muita vegetação e arvoredo, até alcançarmos o “LLano de LLosgro”, onde se revela um vale e começa, com a altitude, a escassear a vegetação. Subimos a primeira “cascalheira” de rochas soltas que se desprendem da montanha, a qual se subiu ziguezagueando pelo trilho e, passados uns momentos, consegue-se avistar a Cabana de LLanos del Forcallo. Prosseguimos o trilho subindo por bons minutos sobre rochas, tendo o rio a correr em cascatas do nosso lado esquerdo. No cimo das cascatas encontrámos uma pequena lagoa situada a 2.286 metros, sendo junto a esta que elegemos o local para montar o acampamento e pernoitar. Infelizmente o céu Assim, formámos um grupo constituído pelo Paulo Costa, o Amadeu Barros, a Maria Carronda, o Daniel Ribeiro, o Vítor Veloso e o Manuel Ribeiro, na nossa maioria associados do Clube de Montanhismo de Braga, e partimos no passado dia 23 de Julho de 2011 da cidade de Braga com destino aos Pirinéus, mais concretamente com o objectivo de alcançar o cume das montanhas “Pica D’Estats”, situado a 3.143 mts e o Perdiguero com 3.222 mts .
Após uma noite e praticamente um dia de viagem, chegámos ao Camping D’Estats, situado na bela povoação de Àreu, na Catalunha, onde pernoitámos, preparando, entretanto, o equipamento necessário para “atacar”, no dia seguinte, a montanha “Pica D’Estats”.
O “Pica D’Estats” é o cume mais alto da Catalunha, situado na zona do Pirinéu de Lérida. A ascensão tem início num parque de estacionamento situado a cerca de 20 minutos do refúgio de Valferrera. Quando passámos junto ao refúgio de Valferrera estávamos já a uma altitude de 1.940 mts, avizinhando-se então um desnível teórico de 1.203 mts. Após uma subida íngreme em zig-zag alcançámos em muito pouco tempo a altitude de 2.080 metros. Superada esta rampa seguimos por uma zona mais ou menos plana que nos conduziu ao “Plan de Sotllo”. Neste ponto já deveríamos avistar o cume do Pica D’Estats, não fosse o intenso nevoeiro e as primeiras gotas de chuva que nos surpreenderam. Continuando a caminhada, alcançámos o primeiro lago, o “Estany de Sotllo”, onde montámos as tendas debaixo de chuva contínua. Inicia
quase sempre encoberto impediu-nos a visão do céu noturno e constituía uma ameaça para o sucesso do dia seguinte.
Na manhã seguinte tínhamos sol! foi desmontado o acampamento e retomada a marcha, subindo uma zona rochosa e acidentada que passava junto do Lago Ibonet de Literola, situado nos 2.460 metros, sendo um lago de uma beleza rara e onde já se avistava alguma neve e onde se presenteava o grupo com a vista à sua frente do cume do Perdiguero. O trilho continuou sinuoso em cima de rochas e subimos até à base do Pico Perdigueret, situado a 2.765 metros e do qual se avista o deslumbrante Val de Estós.
A partir deste ponto a subida acentuou-se, e tornou-se ainda mais difícil pelo facto de efectuar-se, exclusivamente, sobre blocos (os “Bolos”) de rocha, o que obrigou a uma ascensão árdua e cautelosa até atingirmos a cumeada leste do Perdiguero (Hito Este do Perdiguero, situado a 3170 metros, que oficialmente implica um cume alcançado). Depois foram 15 minutos bem mais tranquilos até alcançarmos o cume central do Perdiguero, a uma altitude de 3.222 metros.
O cume do Perdiguero oferece uma paisagem deslumbrante, onde nos vimos rodeados de montanhas, e com as nuvens abaixo do nível onde nos encontrávamos. Dali avistávamos, por exemplo, a zona da Maladeta, com o Aneto em destaque, bem como o Posets (o 2ºcume mais alto da cordilheira – 3385 mts.) avistando-se, ainda, dois lagos com uma cor azul fora do comum, o Ibôn Blanco de Literola situado em Espanha e o Lac du Portillon D’Oô situado em França e, ainda, o glaciar de Literola.
Depois de comer uma “bucha” e tirarmos as fotos da praxe, iniciou-se a descida com cuidados redobrados, tendo bem presente que geralmente os piores acidentes ocorrem nas descidas. Felizmente, todos regressámos satisfeitos e fora de perigos, com mais uma conquista para recordar e enriquecer o curriculum pessoal de cada um e o do clube.
Curiosidades sobre o Perdiguero
O Perdiguero situa-se na província de Huesca, no limite com o Departamento de Haute-Garonne, no maciço Clarabide-Perdiguero-Boum.
Perdiguero em espanhol é o nome original, no entanto os franceses chamam-lhe Perdiguere. Consta-se que o nome deriva de perdiz, ave que abunda nos vales próximos. Foi baptizado pela primeira vez em 1850 pelo topógrafo francês Toussaint Lézat e pelo guia francês Pierre Redonnet.
A ascenção desta montanha é considerada algo difícil tecnicamente, com um desnível de 1662 metros
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