24 março 2009

peña trevinca, 21/22 de março







Peña Trevinca é um cume tecnicamente acessível a qualquer um (não é mais que uma caminhada com algum desnível) e se nos abstrairmos de certas facetas da paisagem ainda podemos ter aquele gosto de estar na montanha e sentir que deixámos a civilização para trás.

Depois de uma viagem de cerca de 3 horas feita calmamente desde Braga chegámos a Vilanova (altitude 1200 m), uma pequena aldeia no sopé do maciço de Trevinca onde trocámos os carros pelas botas de montanha e saímos num grupo de 14 pessoas à conquista do ponto mais alto da Galiza (Peña Trevinca, altitude 2127 m). Escolhemos o caminho que ascende até ao Maluro (altitude 1934 m) e depois atravessa a aresta que o une a um “colo” abaixo dos cumes da Peña Negra (altitude 2123 m) e da Peña Trevinca propriamente dita. A primeira “paragem técnica” foi no cume do Maluro onde descansámos as pernas da monotonia do estradão e aproveitámos para almoçar. Daí atravessámos a aresta até um pequeno prado já na base das “Peñas”, onde parámos à espera dos elementos do grupo que já acusavam a distância e o desnível da actividade e onde, dada a ausência de cursos de água tivemos de começar a derreter neve para beber. Alguns membros do grupo animados de um maior entusiasmo e forma física encurtaram a pausa e, embora a decisão tenha sido de acampar perto do cume da Peña Negra, ainda foram apreciar a vista do cume da Peña Trevinca.
O local de acampamento escolhido apresentava à partida excelentes condições para montar as tendas e para passar uma noite sossegada, daquelas que se merecem como recompensa de uma semana de trabalho - vistas excelentes, céu limpo, temperatura razoável e … o “relato da bola” na telefonia. A noite estava muito bonita com um céu limpo e estrelado, mas já se notava o vento que foi aumentando e durante a noite quase arrancava algumas das tendas do nosso acampamento; sorte (e sabedoria) teve o Cláudio que decidiu ir ligeiro e bivacar só de saco-cama e colchonete e escolheu um local bem abrigado para o fazer.
Acordámos no domingo com o vento a soprar cada vez mais forte. Desmontámos com cuidado o acampamento e fizemos a ascensão em conjunto à Peña Trevinca onde tirámos a “foto de cumbre”. Na descida, que escolhemos fazer por outra vertente, ainda houve lugar à peripécia do costume quando o grupo se dividiu em dois e uma parte tentou um atalho que se revelou má opção com umas passagens um pouco mais técnicas numa zona de cascalheira coberta com uma camada de neve já enfraquecida por muitos dias de calor. Mas tudo correu bem e à chegada, para além do normal cansaço e algumas bolhas nos pés, não havia mazelas a relatar.
(quem foi: Paulo Costa, Pedro Lima, Eduardo Vieira, Susana Castelejo, Daniel Ribeiro, Victor, Narciso, Claudio Ribeiro, João Costa, Adélia, João Lemos, Ana Rita, Paulo Providência e Francisco) - fotos aqui

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