30 março 2009

caminhada à serra amarela, 28 de março







Desta vez o Clube decidiu ir “esticar as pernas” para a Serra Amarela. Éramos mais de uma vintena carregados de boa disposição, com a particularidade de fazerem parte do grupo cinco moçoilas com idades entre os 6 e os 12 anos (é caso para termos esperança num Clube a longo prazo...).
Saímos da barragem de Vilarinho das Furnas, estradão fora, em direcção às ruínas dessa antiga aldeia comunitária. Daí subimos o rio das Furnas, sempre em direcção à Portela do Rio Cabril (Ramisquedo).
Quem decidiu comparecer sem ser convidado foi o senhor Vento, que se fez sentir forte e teimoso, não arredando da nossa companhia (devia cheirar-lhe ao coelho e ao frango que, devidamente confeccionados, seguia às nossas costas).
Por causa dele desistimos de chegar a Sonhe, uma Branda antiga mesmo no sopé das antenas da Louriça e ficámos
uns 500 mts. metros mais abaixo, no que nos pareceu ser um sítio mais abrigado, num Prado que se deve chamar Porto do Azeveiro.
Depois de uma centena de metros mais radical, que incluiu um bate-cu involuntário num afluente do Rio (da Cabra), que fez temer pelo almoço que seguia às costas do “sherpa” do João Barbosa, lá chegamos ao dito Prado.
Lá chegados, cerca de 2h30 depois de termos partido, tivemos a árdua tarefa de degustar as magníficas iguarias com que o pessoal da Escola Profissional de Braga nos costuma brindar. À sobremesa tivemos uns ensaios de “verónicas” com algum gado mais atrevido que por lá rondava, sem que no entanto se verificasse qualquer pega, por manifesta cobardia dos animais perante os forcados amadores do CMB.
O frio, trazido pelo vento, acompanhou-nos sempre e alguns jurarão até que chegou a nevar (se não era, andou lá perto).
Sempre bem dispostos empreendemos a descida em sentido contrário, rumando ao “Stop”, em S. João do Campo, onde fizemos um divertido balanço da jornada.
Vale sempre a pena …
(quem foi: Afonso Costa, Paulo Costa, Ângela, Sofia, Isabel, Domingos Ribeiro, Patrícia, Inês, Sara, Daniel Ribeiro, Narciso, Olimpia, Magalhães e filhos, Vitor, Idalmis, Domingos Esteves, Julio, Albertina, Isabel, Luis Pereira, João Barbosa, Manuela, Elisabete, Zé Resende, Zé Salgado e Pedro) - fotos aqui

24 março 2009

peña trevinca, 21/22 de março







Peña Trevinca é um cume tecnicamente acessível a qualquer um (não é mais que uma caminhada com algum desnível) e se nos abstrairmos de certas facetas da paisagem ainda podemos ter aquele gosto de estar na montanha e sentir que deixámos a civilização para trás.

Depois de uma viagem de cerca de 3 horas feita calmamente desde Braga chegámos a Vilanova (altitude 1200 m), uma pequena aldeia no sopé do maciço de Trevinca onde trocámos os carros pelas botas de montanha e saímos num grupo de 14 pessoas à conquista do ponto mais alto da Galiza (Peña Trevinca, altitude 2127 m). Escolhemos o caminho que ascende até ao Maluro (altitude 1934 m) e depois atravessa a aresta que o une a um “colo” abaixo dos cumes da Peña Negra (altitude 2123 m) e da Peña Trevinca propriamente dita. A primeira “paragem técnica” foi no cume do Maluro onde descansámos as pernas da monotonia do estradão e aproveitámos para almoçar. Daí atravessámos a aresta até um pequeno prado já na base das “Peñas”, onde parámos à espera dos elementos do grupo que já acusavam a distância e o desnível da actividade e onde, dada a ausência de cursos de água tivemos de começar a derreter neve para beber. Alguns membros do grupo animados de um maior entusiasmo e forma física encurtaram a pausa e, embora a decisão tenha sido de acampar perto do cume da Peña Negra, ainda foram apreciar a vista do cume da Peña Trevinca.
O local de acampamento escolhido apresentava à partida excelentes condições para montar as tendas e para passar uma noite sossegada, daquelas que se merecem como recompensa de uma semana de trabalho - vistas excelentes, céu limpo, temperatura razoável e … o “relato da bola” na telefonia. A noite estava muito bonita com um céu limpo e estrelado, mas já se notava o vento que foi aumentando e durante a noite quase arrancava algumas das tendas do nosso acampamento; sorte (e sabedoria) teve o Cláudio que decidiu ir ligeiro e bivacar só de saco-cama e colchonete e escolheu um local bem abrigado para o fazer.
Acordámos no domingo com o vento a soprar cada vez mais forte. Desmontámos com cuidado o acampamento e fizemos a ascensão em conjunto à Peña Trevinca onde tirámos a “foto de cumbre”. Na descida, que escolhemos fazer por outra vertente, ainda houve lugar à peripécia do costume quando o grupo se dividiu em dois e uma parte tentou um atalho que se revelou má opção com umas passagens um pouco mais técnicas numa zona de cascalheira coberta com uma camada de neve já enfraquecida por muitos dias de calor. Mas tudo correu bem e à chegada, para além do normal cansaço e algumas bolhas nos pés, não havia mazelas a relatar.
(quem foi: Paulo Costa, Pedro Lima, Eduardo Vieira, Susana Castelejo, Daniel Ribeiro, Victor, Narciso, Claudio Ribeiro, João Costa, Adélia, João Lemos, Ana Rita, Paulo Providência e Francisco) - fotos aqui

01 março 2009

MacGyver - construindo um fogão a álcool

por: EduardoVieira
Para aqueles que fazem principalmente caminhadas de um dia e que gostariam de poder aquecer a sopa ou fazer um café na pausa para almoço proponho a construção de um fogão ultra ligeiro que funciona a álcool a 96% ou desnaturado.
O projecto é mais uma adaptação das muitas versões do básico fogão a álcool que podem ser encontradas por essa internet fora. Para um ponto de partida sugiro dois sites básicos: en.wikipedia.org/wiki/Beverage-can_stove e zenstoves.net; mas uma pesquisa com as palavras “beverage can stove” dar-vos-á uma lista gigantesca de sites com informação relevante sobre o tema.
Experimentei com vários desses desenhos e construí vários dos projectos que encontrei até chegar a este que aqui proponho. Assumindo que se possuem as ferramentas básicas abaixo referidas o custo do projecto é o equivalente apenas ao custo da lata (€ 0,25 neste caso). De referir que ao contrário da maioria dos projectos que encontrei, este é mais “amigo do ambiente”, usando apenas uma lata para a sua construção. Esta é outra das vertentes do projecto, a reciclagem. (mais aqui)