Equipamento básico
As cordas
Elaboração
Outra possível classificação das cordas e que constitui outro fator a
levar em conta na hora de as eleger, é a estrutura das mesmas, quer dizer, a
forma como são elaboradas. Atendendo à sua estrutura podemos distinguir as
cordas entrelaçadas, as compostas, as de monofilamento e as cintas.
Os monofilamentos ou fios,
são como o seu nome indica, aquelas cordas que são compostas por uma única
fibra. São os fios utilizados nas suturas médicas e as linhas de pesca.
As cordas tecidas são
aquelas que são elaboradas entrelaçando uma grande quantidade de fios. Obtém-se
um cabo de tacto agradável e que permite um atamento facil.
As cordas entrelaçadas são
aquelas que constam de vários fios que aparecem entrelaçados entre si. Cada
cordão é formado por outros mais finos denominados filásticas que são compostas
por sua vez por uma imensidão de fibras. Estas cordas apresentam uma rigidez
bastante acentuada quando estão novas, que vão perdendo com o uso, pelo que
seguram muito bem os nós.
Nas cordas compostas
encontram-se duas partes bem diferenciadas, a alma e a camisa.
A camisa é um revestimento que
protege a alma, que é a parte interior formada por fios muito finos. A camisa
não realiza apenas uma função de proteção da alma, pois detém um terço da
resistência total da corda, sendo na alma onde residem aproximadamente os dois
terços restantes.
Portanto algum defeito, mesmo que seja na camisa, supõe uma diminuição
da resistência, que se deve ter bem presente.
No mercado existem diferentes tipos de cordas compostas, sendo que
cada uma delas está pensada para uma utilização específica. É necessário saber
distinguir a diferença entre cordas dinâmicas e cordas estáticas. As primeiras
utilizam-se principalmente em escalada e são muito elásticas, pões devem
amortecer a paragem numa possível queda.
As cordas estáticas ou semi-estáticas, também são flexíveis, mas muito
menos do que as anteriores, são mais seguras na progressão e são capazes também
de travar o desportista no caso de sofrer uma queda; são utilizadas em
desportos como a espeleologia e o canyoning.
As vantagens da corda estática sobre a dinâmica são variadas, mais
conforto e segurança nas descidas e nas subidas nela. No momento da sua
recuperação efetua-se menos esforço e além disso é mais barata. No entanto
apenas se podem utilizar para os desportos para que estão pensadas, sendo
desaconselháveis noutras atividades.
As cintas são utilizadas
principalmente nos desportos de montanha e podem ser planas ou tubulares. Ao
possuírem uma maior superfície de contacto e serem muito mais flexíveis do que
as cordas, as cintas retêm muito bem os nós.
São utilizadas na concepção de arneses, por exemplo. Nas cintas
deve-se efetuar nós específicos e não outros.
No próximo artigo voltaremos a este tema. Até lá...
Boas caminhadas
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