História
A relação do homem com a montanha, remonta à pré-história. O espírito
de superação e a curiosidade que nos caracteriza levou-nos em diversas ocasiões
a tratar de chegar mais longe e mais alto.
Mas o que nos interessa neste artigo, e que falaremos de forma muito
superficial, é a história do desporto em si, que conta com pouco mais de
duzentos anos.
Ainda assim é uma história longa se a compararmos com a do raffting,
do parapente ou o canyoning, etc. Ao longo destes anos observou-se uma evolução
constante das técnicas, dos materiais e também pelos objetivos dos homens que
enfrentaram a montanha.
O que não mudou foi a atração magnética que as altitudes e as
paisagens de montanha exerceram sobre o ser humano.
Existem alguns dados antigos como a ascensão de Rotario D'Asti ao
Rocciamelone, de 3.583 metros de altitude que teve lugar no ano de 1358.
Também em 1492, após a recusa
de fundos para a expedição de Cristóvão Colombo, o Rei Carlos VIII ordenou a
Antoine de Ville que escalasse o Monte Aiguille.
Mas deixando de lado algumas tentativas isoladas motivadas por razões
religiosas ou militares, os primeiros cumes suscitaram principalmente
curiosidade e as expedições foram organizadas por exploradores e cientistas.
Os historiadores situam o nascimento do espírito desportivo na
ascensão do Monte Branco, levada a cabo por Horace Bénédict de Saussure, em
1786.
Rapidamente seguiram-no outros e lentamente a montanha começou a
mostrar interesse a pessoas normais que não procuravam mais do que a sua
própria gratificação.
Assim surgem dois tipos de alpinismo: o de exploração e o desportivo,
que convivem durante decénios.
O primeiro deles extingue-se nos Alpes, quando já se escalaram todos
os cumes e muda-se para outros lugares do mundo.
Persiste nos Himalaias até 1964, quando se coroa o Sisha Pangma, o
último dos oitomil.
O segundo, o alpinismo desportivo, não sofreu esse inevitável declive
e pelo contrário cresceu e evoluiu.
O pai deste desporto é sem dúvida Alfred Frederik Mummery, de
nacionalidade inglesa e que praticava um alpinismo vital e competitivo e que
introduziu o que ele chamou de meios leais, semeando a semente da ética
desportiva do alpinismo.
Também foi britânico o primeiro dos clubes alpinos, nascido em 1857,
que foi imediatamente seguido por um clube austríaco que viu a luz em 1862 . Um
ano depois surgiram os clubes Suiço e Italiano.
No próximo artigo voltaremos a este tema. Até lá...
Boas caminhadas
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