História (cont.)
O alpinismo nasceu nos alpes e foi nos Dolomitas, uma cordilheira no
Norte de Itália, onde apareceram as primeiras técnicas de segurança.
No princípio nada fazia segurança aos escaladores, mas depressa foi
evidente, com o aumento da dificuldade das vias, que era necessário contar com
sistemas de segurança.
Isto, no entanto, criou uma
tremenda polémica em que se enfrentavam os meios naturais e os meios
artificiais.
Ambas contam com escaladores de renome, valentes e incansáveis, como
Paul Press, que defendia a primeira delas e confiava a sua vida nas suas mãos.
A sua morte no Mandkogel, uma via muito concorrida raças aos pitões,
demonstrou a necessidade de se contar com algum sistema de segurança, mas que
no entanto não acabou com a polémica.
Os avanços nas técnicas, a progressão em cordada e os sistemas de
segurança, permitem aceder a vias de maior dificuldade.
Na década dos trinta, no apogeu do alpinismo heróico, alpinistas
alemães, italianos e franceses competiam para alcançar alguns cumes, como a
cara norte do Heiger, transportando este desporto para a sociedade.
As façanhas dos alpinistas são aproveitadas para fazer propaganda
política, mas mesmo assim estão carregadas do espírito que carateriza este
desporto.
Também nessa mesma década aparecem novos elementos e novas técnicas
que se somam ao equipamento e melhoram as possibilidades dos escaladores, como
por exemplo, os crampons de doze pontas ou a técnica do piolet-tração.
O calçado, principalmente as solas, aproveita-se dos novos materiais
permitindo uma maior aderência em todas as situações.
A segunda guerra mundial provoca uma travagem no avanço deste desporto, mas não o consegue deter completamente.
Com menos meios e em piores condições, o alpinismo continua evoluindo.
Uma nova meta, uma nova competição surge e aprisiona diversas nacionalidades: A
conquista dos cumes mais altos do planeta, os "oitomil".
No próximo artigo voltaremos a este tema. Até lá...
Boas caminhadas