Bilharziose ou Esquistossomose
Estes helmintos ocorrem em África, no Médio Oriente, na zona oriental da América do Sul, na
China e no Sudeste Asiático.
A infecção adquire-se
através do contacto da água doce de lagos e rios de pequeno cauda, normalmente
quando se toma banho neles ou se lava com água destes lagos ou rios.
Os seres humanos infectados contaminam os
lagos ao defecar ou urinar neles, com os quais se passam para os caracóis que
actuam como hospedeiros intermediários. Os caracóis libertam pequenas cercárias
na água que abrem caminho através da pele dos banhistas.
O primeiro sintoma de
uma possível infecção é o chamado "coceira do banhista" que ocorre
pouco depois de ter contacto com a água infectada.
Algumas pessoas apresentam uma doença aguda febril associada a uma erupção urticariforme e a uma eosinofilia poucas semanas após a infestação. As manifestações tardias costumam apresentar a emissão de urina turva ou tingida de sangue, disenteria, e raramente, paralisia ascendente e perda de sensibilidade nos membros inferiores.
Geralmente, os
viajantes começam a preocupar-se com a Bilharziose quando regressam a casa e se
lembram que tomaram banho em lagos proibidos, ou quando se apercebem que algum membro do grupo foi diagnosticado
com Esquistossomose. O diagnóstico confirma-se quando se encontram ovos nas
fezes, na urina ou através de biópsia retal, ou através de um exame sanguíneo.
O tratamento é
bastante simples, com uma ou duas doses de Praziquantel (Biltricide).
Para prevenir a
Bilharziose, deve-se evitar tomar banho em água doce estagnada, nas zonas
endémicas.
O conselho dos habitantes locais pode levar a
informações erradas. O lago Malawi, declarado isento de Bilharziose, tem sido a
origem de muitos casos de Esquistossomose importada nos últimos anos.
No próximo artigo
voltaremos a este tema. Até lá...
Boas caminhadas
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