Busca com detectores (ARVA)
A busca com detectores
electrónicos é simples, mas estamos numa corrida contra o relógio, e os
segundos contam, pelo que é necessário treinar periódicamente para actuar com
rapidez e segurança. Não podemos esquecer as precauções de uso e conservação
dos ARVA, que vimos no capítulo anterior.
. Se existir o risco
de possíveis novas avalanches, coloca-se um observador num local seguro e que
consiga avisar o grupo gritando "- Avalanche".
. Devem-se contar as
vítimas desaparecidas.
. Marcam-se as
referências para iniciar a busca (com bastões, esquis, etc).
. Ponto de colisão com a vítima.
. Ponto onde se viu pela última vez a
vítima.
. Limites da avalanche.
. Colocam-se todos os
ARVA disponíveis em posição de recepção. No caso de o observador avisar uma
nova avalanche, deve-se recolocar rapidamente os ARVA em posição de emissão, ao
mesmo tempo que se tenta sair da zona de perigo.
. Dependendo da forma
e da extensão da avalanche, a busca inicial, até se receber o primeiro sinal,
realiza-se de uma forma ou outra. Deve-se ter em conta o alcance, quer dizer, o
raio de acção do aparelho.
. Se a avalanche for
pequena, de forma que o alcance de um só detector é suficiente (uns 40 mts de
largura), o rastreio é iniciado por um só buscador, desde o ponto de colisão no
sentido descendente e seguindo o veio da avalanche.
. Se a avalanche for
mais larga, e só dispomos de um detector, rastreia-se em bandas horizontais
(fazendo "ésses" de uns 20 mts). Se dispusermos de vários aparelhos,
os buscadores rastreiam em paralelo com uma separação de uns 20 metros entre
eles, dependendo do alcance dos detectores.
. Se os buscadores
forem muitos e a superfície moderada, deve-se evitar a tentação de colocar
muitos a rastrear, para evitar confusões, será melhor que se dediquem ao
rastreio com os ARVA, os melhores treinados e os restantes podem começar a
sondar ou procurar vestígios em lugares suspeitos.
. Se dispusermos de algum indício do sepultado,
como uma luva, a mochila, etc, isso orienta-nos para saber por onde começar,
mas deve-se levar em conta que a superfície da avalanche se move com mais
velocidade do que o fundo desta, pelo que a vítima poderá estar um pouco mais
acima. O mais experiente definirá as áreas prioritárias de busca.
. Se existir pessoal
suficiente, enquanto se leva a cabo a busca com os ARVA, pode-se começar a
sondar nos locais que se suspeite que a vítima possa ter ficado retida, como
árvores, rochas, zonas planas ou côncavas.
. Uma vez localizado o
primeiro sinal, existem três métodos de busca com os ARVA. Não obstante,
devem-se ler sempre atentamente as recomendações do fabricante sobre cada
aparelho.
No próximo artigo,
daremos continuidade a este tema, até lá...
Boas caminhadas