25 fevereiro 2015

Resgate de vítimas em avalanches




Busca com detectores (ARVA)

A busca com detectores electrónicos é simples, mas estamos numa corrida contra o relógio, e os segundos contam, pelo que é necessário treinar periódicamente para actuar com rapidez e segurança. Não podemos esquecer as precauções de uso e conservação dos ARVA, que vimos no capítulo anterior.





. Se existir o risco de possíveis novas avalanches, coloca-se um observador num local seguro e que consiga avisar o grupo gritando "- Avalanche".

. Devem-se contar as vítimas desaparecidas.

. Marcam-se as referências para iniciar a busca (com bastões, esquis, etc).
   . Ponto de colisão com a vítima.
   . Ponto onde se viu pela última vez a vítima.
   . Limites da avalanche.





. Colocam-se todos os ARVA disponíveis em posição de recepção. No caso de o observador avisar uma nova avalanche, deve-se recolocar rapidamente os ARVA em posição de emissão, ao mesmo tempo que se tenta sair da zona de perigo.

. Dependendo da forma e da extensão da avalanche, a busca inicial, até se receber o primeiro sinal, realiza-se de uma forma ou outra. Deve-se ter em conta o alcance, quer dizer, o raio de acção do aparelho.

. Se a avalanche for pequena, de forma que o alcance de um só detector é suficiente (uns 40 mts de largura), o rastreio é iniciado por um só buscador, desde o ponto de colisão no sentido descendente e seguindo o veio da avalanche.





. Se a avalanche for mais larga, e só dispomos de um detector, rastreia-se em bandas horizontais (fazendo "ésses" de uns 20 mts). Se dispusermos de vários aparelhos, os buscadores rastreiam em paralelo com uma separação de uns 20 metros entre eles, dependendo do alcance dos detectores.





. Se os buscadores forem muitos e a superfície moderada, deve-se evitar a tentação de colocar muitos a rastrear, para evitar confusões, será melhor que se dediquem ao rastreio com os ARVA, os melhores treinados e os restantes podem começar a sondar ou procurar vestígios em lugares suspeitos.





.  Se dispusermos de algum indício do sepultado, como uma luva, a mochila, etc, isso orienta-nos para saber por onde começar, mas deve-se levar em conta que a superfície da avalanche se move com mais velocidade do que o fundo desta, pelo que a vítima poderá estar um pouco mais acima. O mais experiente definirá as áreas prioritárias de busca.

. Se existir pessoal suficiente, enquanto se leva a cabo a busca com os ARVA, pode-se começar a sondar nos locais que se suspeite que a vítima possa ter ficado retida, como árvores, rochas, zonas planas ou côncavas.

. Uma vez localizado o primeiro sinal, existem três métodos de busca com os ARVA. Não obstante, devem-se ler sempre atentamente as recomendações do fabricante sobre cada aparelho.

No próximo artigo, daremos continuidade a este tema, até lá...





Boas caminhadas