29 setembro 2011

Jbel Toubkal…







Osvaldo Oliveira, Amadeu Barros e João Rodrigues do CMB, conquistaram o cume do Toubkal
numa jornada marcada por condições climatéricas bastante adversas, aos quais se juntou o amigo Manuel João nesta aventura.

No passado dia 18 de Abril, exactamente às 9:55 h locais (10:55 h em Portugal), três associados do Clube de Montanhismo de Braga “conquistaram o TECTO DO NORTE DE ÁFRICA”, o cume do Monte Toubkal, pelo corredor Sul, com 4.167 metros de altitude, acima do nível do mar, tecto da cordilheira do Atlas, destacando-se de outras montanhas circundantes que também superam os 4.000 metros, tais como Imouzzerr (4010 metros), Toubkal-Oeste (4030 metros), Timesguida (4089 metros), Ras (4083 metros) e Biiguinnoussene (4002 metros). A progressão para o cume, embora bastante íngreme, contudo não é tecnicamente difícil nem muito extensa, mas este ano foram fustigados por rajadas de vento constantes, muitas vezes a cima dos 80kms hora.

Ascensão

Dia de cume, 18 de Abril – Era dia de tentar atingir o cume do Toubkal e nós estávamos confiantes de que seríamos capazes de o conquistar, já lá havíamos estado há dois anos atrás. Se no primeiro dia a única dificuldade tinha sido as muitas horas de caminhada – cerca de quatro horas em terreno muito irregular e em permanente ascensão – com um desnível de cerca de 1500 metros, seguindo-se cerca de uma hora de progressão em neve até chegar ao refúgio de Neltner, numa cota de 3.207 metros de altitude. Neste segundo dia, podiam aparecer desafios maiores, o trilho, a partir do refúgio de Neltner até ao cume, estava todo coberto de muita neve e a experiência de um dos colegas a caminhar em neve era praticamente nula.
A nossa alvorada começou às 2:00 h, mas a intempérie que se fazia sentir – muita neve, nevoeiro e ventos muitos fortes, levaram a adiar a saída por mais três horas. Então, ás 5:00 h, iniciamos a preparação de todo o equipamento necessário – GPS, máquinas fotográficas, bandeiras, crampons, bastões, piolet e roupa adequada às rajadas de vento e às temperaturas baixas que se faziam sentir, seguindo-se o pequeno-almoço reforçado, já na sala do refúgio, com outros alpinistas.
O grupo do Clube de Montanhismo de Braga estava em forma. E foi com esse espírito que, às 6:35 h, passo a passo, iniciaram a ascensão. Foram subindo e descansando e subindo e descansando de novo, conquistando metro a metro dos cerca de 960 metros de desnível, do refúgio até ao cume. Tiveram que fazer mais paragens que as normais, já que as rajadas de vento eram constantes e, por vezes, tinham mesmo que parar e ficar bem agarrados aos piolet, para se travarem, para além de ter que enfrentar a rarefacção de oxigénio, que se ia fazendo sentir em função da altitude.
Aos 3.985 metros de altitude, bem perto do Toubkal Oeste, não se conseguia avistar a pirâmide que assinala o topo do Djbel Toubkal, como é habitual, já que o nevoeiro denso fechava qualquer indicação do percurso e o objectivo final. Contudo, eles sabiam que estavam bem perto e que agora já não lhes podia escapar o objectivo, o cume do Toubkal. Por volta das 9:55 da manhã do dia 18 de Abril de 2011, após cerca de 3:20m de subida, atingiram o cume do Djbel Toubkal a 4.167 metros de altitude! Não se via nada de lá de cima, estávamos só nós, o vento e o nevoeiro – ainda procuram o D. Sabastião, podia ser que andasse por ali…! Mas o facto de chegarmos lá acima é absolutamente fascinante, para os sentidos, para a pele e para a alma.
Aqui desfraldamos as bandeiras do Município de Braga e da Socimorcasal (empresa patrocinadora) e um cachecol do sempre glorioso Sporting Clube de Braga, no cume mais alto do Norte de África. Ainda dedicamos algum tempo a tirar mais umas fotos, com outros alpinistas que, entretanto, foram chegando.
Prova superada, ou quase, porque como diz o nosso alpinista português, o João Garcia, chegar ao topo é só metade da conquista pois ainda há o percurso de regresso. E descer pode ser mais rápido, menos difícil, mas é igualmente perigoso. Felizmente correu tudo bem e a descida, decorreu sem qualquer sobressalto. Regressados ao refúgio de Neltner, tomamos uma bebida isotónica para retemperar, refizemos as mochilas e iniciámos a descida até à base da montanha, a aldeia berbere de Imlil. Daqui, partimos em direcção a Marraquexe, onde celebramos a ascensão conseguida, num jantar festivo em pleno coração do centro da cidade.
No dia seguinte, dedicamos algum tempo a apreciar o ambiente exótico e animado da cidade e exploramos o insólito labirinto de vielas da sua Medina, visitamos a famosa mesquita e os célebres encantadores das serpentes do deserto e da cobra capelo, na famosa praça Djemaa el Fna que ainda abriga acrobatas, vendedores de água, dançarinos, músicos e barracas de comida.
Depois de terem percorrido algumas montanhas e cumes das mais emblemáticos a nível mundial, como são o exemplo do Kilimanjaro na Tanzânia, o Monte Branco em França, o Pico Aneto e o Monte Perdido nos Pirinéus, o Monte McKinley no Alasca, o Aconcágua na Argentina e o Elbrus na Rússia, o Jebel Toubkal em Marrocos surge como mais uma conquista bem sucedida por parte de elementos do Clube de Montanhismo de Braga. Foi, aliás, mais uma entrada com o pé direito para esta instituição recém-criada, mas que se propõem continuar na senda da conquista de cumes, procurando levar cada vez mais alto as bandeiras de Portugal, da nossa cidade de Braga e do Sporting Clube de Braga.

28 setembro 2011

Clube de Montanhismo de Braga conquista o cume do Perdiguero nos Pirinéus, atingindo os 3222 metros de altitude


Depois de alguns de nós já termos realizado algumas ascensões nos Pirinéus, alcançando alguns dos seus cumes mais significativos (Aneto, Posets, Monte Perdido e Vignemale), foi a vez de escolher nessa extensa cordilheira novos objectivos e aventuras.
Assim, formámos um grupo constituído pelo Paulo Costa, o Amadeu Barros, a Maria Carronda, o Daniel Ribeiro, o Vítor Veloso e o Manuel Ribeiro, na nossa maioria associados do Clube de Montanhismo de Braga, e partimos no passado dia 23 de Julho de 2011 da cidade de Braga com destino aos Pirinéus, mais concretamente com o objectivo de alcançar o cume das montanhas “Pica D’Estats”, situado a 3.143 mts e o Perdiguero com 3.222 mts .
Após uma noite e praticamente um dia de viagem, chegámos ao Camping D’Estats, situado na bela povoação de Àreu, na Catalunha, onde pernoitámos, preparando, entretanto, o equipamento necessário para “atacar”, no dia seguinte, a montanha “Pica D’Estats”.
O “Pica D’Estats” é o cume mais alto da Catalunha, situado na zona do Pirinéu de Lérida. A ascensão tem início num parque de estacionamento situado a cerca de 20 minutos do refúgio de Valferrera. Quando passámos junto ao refúgio de Valferrera estávamos já a uma altitude de 1.940 mts, avizinhando-se então um desnível teórico de 1.203 mts. Após uma subida íngreme em zig-zag alcançámos em muito pouco tempo a altitude de 2.080 metros. Superada esta rampa seguimos por uma zona mais ou menos plana que nos conduziu ao “Plan de Sotllo”. Neste ponto já deveríamos avistar o cume do Pica D’Estats, não fosse o intenso nevoeiro e as primeiras gotas de chuva que nos surpreenderam. Continuando a caminhada, alcançámos o primeiro lago, o “Estany de Sotllo”, onde montámos as tendas debaixo de chuva contínua. Inicia
lmente a ideia era ficar cerca de meia hora mais acima, no “Estany d’Estats”, porém, as más condições de tempo forçaram-nos a mudar os planos. Fomos toda a noite fustigados pelo mau tempo que se manteve de manhã, obrigando o grupo a abortar a missão devido aos perigos que o mau tempo acarretava. Iniciámos então a descida de regresso ao Camping para descansar um pouco. No dia seguinte, partimos para a povoação de Benasque, numa zona mais central dos Pirinéus, que dá igualmente acesso à zona do “Aneto””, que com os seus 3404 mts, vem a ser o ponto mais alto da Cordilheira, para daí procurarmos atingir o cume do “Perdiguero”. Nessa noite pernoitámos no “Camping Aneto”, em Benasque, e no dia seguinte (28 de Julho) iniciámos a subida. O início do trilho situa-se na ponte de Literola, aos 1600 metros. Inicialmente o trilho sobe bastante, numa zona com muita vegetação e arvoredo, até alcançarmos o “LLano de LLosgro”, onde se revela um vale e começa, com a altitude, a escassear a vegetação. Subimos a primeira “cascalheira” de rochas soltas que se desprendem da montanha, a qual se subiu ziguezagueando pelo trilho e, passados uns momentos, consegue-se avistar a Cabana de LLanos del Forcallo. Prosseguimos o trilho subindo por bons minutos sobre rochas, tendo o rio a correr em cascatas do nosso lado esquerdo. No cimo das cascatas encontrámos uma pequena lagoa situada a 2.286 metros, sendo junto a esta que elegemos o local para montar o acampamento e pernoitar. Infelizmente o céu

quase sempre encoberto impediu-nos a visão do céu noturno e constituía uma ameaça para o sucesso do dia seguinte.
Na manhã seguinte tínhamos sol! foi desmontado o acampamento e retomada a marcha, subindo uma zona rochosa e acidentada que passava junto do Lago Ibonet de Literola, situado nos 2.460 metros, sendo um lago de uma beleza rara e onde já se avistava alguma neve e onde se presenteava o grupo com a vista à sua frente do cume do Perdiguero. O trilho continuou sinuoso em cima de rochas e subimos até à base do Pico Perdigueret, situado a 2.765 metros e do qual se avista o deslumbrante Val de Estós.
A partir deste ponto a subida acentuou-se, e tornou-se ainda mais difícil pelo facto de efectuar-se, exclusivamente, sobre blocos (os “Bolos”) de rocha, o que obrigou a uma ascensão árdua e cautelosa até atingirmos a cumeada leste do Perdiguero (Hito Este do Perdiguero, situado a 3170 metros, que oficialmente implica um cume alcançado). Depois foram 15 minutos bem mais tranquilos até alcançarmos o cume central do Perdiguero, a uma altitude de 3.222 metros.
O cume do Perdiguero oferece uma paisagem deslumbrante, onde nos vimos rodeados de montanhas, e com as nuvens abaixo do nível onde nos encontrávamos. Dali avistávamos, por exemplo, a zona da Maladeta, com o Aneto em destaque, bem como o Posets (o 2ºcume mais alto da cordilheira – 3385 mts.) avistando-se, ainda, dois lagos com uma cor azul fora do comum, o Ibôn Blanco de Literola situado em Espanha e o Lac du Portillon D’Oô situado em França e, ainda, o glaciar de Literola.
Depois de comer uma “bucha” e tirarmos as fotos da praxe, iniciou-se a descida com cuidados redobrados, tendo bem presente que geralmente os piores acidentes ocorrem nas descidas. Felizmente, todos regressámos satisfeitos e fora de perigos, com mais uma conquista para recordar e enriquecer o curriculum pessoal de cada um e o do clube.
Curiosidades sobre o Perdiguero
O Perdiguero situa-se na província de Huesca, no limite com o Departamento de Haute-Garonne, no maciço Clarabide-Perdiguero-Boum.
Perdiguero em espanhol é o nome original, no entanto os franceses chamam-lhe Perdiguere. Consta-se que o nome deriva de perdiz, ave que abunda nos vales próximos. Foi baptizado pela primeira vez em 1850 pelo topógrafo francês Toussaint Lézat e pelo guia francês Pierre Redonnet.
A ascenção desta montanha é considerada algo difícil tecnicamente, com um desnível de 1662 metros

27 setembro 2011

O CMB retoma as caminhadas





O CMB retoma as suas caminhadas depois da "pausa" das férias e do Verão.


A primeira caminhada realizou-se no passado dia 24 de Setembro de 2011 e quem participou disfrutou de um dia magnifico, em boa companhia e em contacto directo com a natureza.


Já estão agendadas as próximas caminhadas para este ano, que se realizarão nos ultimos Sábados dos meses de Outubro e de Novembro. As caminhadas serão de dificuldade média.


A concentração, será como de costume junto à ex-Bracalândia com saída agendada para as 8:30h, apenas precisas trazer boa disposição, roupa adequada para caminhar em montanha, uma mochila pequena, farnel e água.


Para qualquer dúvida contacta-nos que concerteza obterás resposta.